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Abstract(s)
Na presente investigação consideramos a temática do vazio, num contexto onde é,
tradicionalmente, visto como um estado simplista de inexistência (Ribeiro1, 2017). Com o objetivo
de atingir a valorização do vazio enquanto comunicação visual e a sua importância, operativa
e poética, refletindo sobre esse vazio enquanto experiência individual na iminência de uma
preparação de uma coleção editorial. O estudo da importância do vazio visível, na comunicação
visual, desenvolveu-se com um projeto prático direcionado às crianças nos primeiros anos de
vida (entre os 0 e os ± 3 anos de idade), sendo a altura em que o ser humano atravessa um
período específico relacional e cognitivo e neste seguimento fazemos uma reflexão sobre os
processos em que a criança investe, gradualmente, na autonomia através da exploração do
ambiente.
- De que forma pode, o Design Gráfico, contribuir no conceito de vazio visível, para
o desenvolvimento da sensibilidade estética e do pensamento crítico de uma criança?
A intenção foi compreender a interação e perceção que a criança tem com um objeto,
quanto ao seu tempo de reação. Isto implica avaliar-se e valorizar-se o vazio, em particular,
através das formas geométricas em articulação com a intuição. Apresento assim, por ordem
cronológica, autores, que estão em vigor, na análise deste tema, por influenciarem ou validarem
as decisões concretizadas na criação do projeto prático, nomeadamente: Munari na forma como
encara a pedagogia no âmbito das crianças, Komagata quanto à pedagogia e forma de procurar
novos caminhos de comunicação, John Maeda subtraindo o óbvio e adicionando o significativo;
Olafur Eliason relativamente a um estilo de pensamento e análise; Yves Klein no conceito
inspiracional de ver o vazio; Michiko Okano na ideia de estarmos com o vazio; Paul Rand pela
alternativa da simplicidade complementando com forma e conceito; Movimento Gestalt como
forma de comunicar uma mensagem através de códigos visuais; Cas Holman que não projeta
as brincadeiras, mas sim as circunstâncias para a brincadeira; Christoph Niemann com o seu
método criativo de ver e ilustrar; Humberto Maturana e Francisco Varela com o conceito de
autocriação.
Uma possibilidade de lidar com a imaginação e a intuição, absorvendo a mensagem
inerente a valores pedagógicos. O foco foi explorar a criação de três objetos editoriais gráficos
para crianças visando o prazer da fruição2, em que o estímulo da intuição pela presença do vazio
estimula a experimentação conectada com a criatividade/criação. A preocupação preliminar foi
adaptar uma teorização do vazio ao estimular de um contacto do público-alvo com a clareza da
forma e a imagem das coisas, concentrando-se a ação prática ao design gráfico e direção de arte.
Description
Keywords
Comunicação Visual Crianças Direção de Arte Forma Intuição Vazio Visível