O efeito combinado da dieta mediterrânica e da atividade física nos componentes da síndrome metabólica em adultos: uma revisão
   sistemática de ensaios aleatórios controlados

Teixeira, Luiza Maciel

http://hdl.handle.net/10400.8/15118

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Authors

Teixeira, Luiza Maciel

Advisor(s)

Monteiro, Diogo Manuel Teixeira

Jacinto, Miguel Ângelo Susano

Abstract(s)

A síndrome metabólica (SM) representa um desafio global de saúde pública, caracterizada pela coexistência de fatores de risco cardiometabólico, como obesidade abdominal, dislipidemia, hipertensão e resistência à insulina. Intervenções não farmacológicas, como a dieta mediterrânea (DM) e a atividade física (AF), têm sido amplamente investigadas por seu potencial na prevenção e controle desses componentes. Esta revisão sistemática teve como objetivo sintetizar as evidências científicas sobre o efeito combinado da DM e da AF nos componentes da SM em adultos, com base em ensaios clínicos randomizados (ECRs). Foram incluídos 22 ECRs publicados entre 2018 e 2024, totalizando 11.478 participantes. As intervenções combinadas variaram em duração (8 semanas a 3 anos), frequência (3 a 7 sessões semanais) e intensidade (moderada a alta), com predominância de programas que integraram caminhadas, exercícios aeróbicos e treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT) associados à DM, adaptada ou hipocalórica. Os resultados demonstraram reduções significativas no peso corporal (-2,5 a -7,2 kg), índice de massa corporal (-0,7 a -2,2 kg/m²), circunferência da cintura (-5,1 a -7,8 cm) e pressão arterial (até -9,0 mmHg na sistólica e -6,7 mmHg na diastólica). Melhorias no perfil lipídico (aumento do HDL e redução dos triglicerídeos) e na sensibilidade à insulina também foram observadas, embora com menor consistência entre os estudos. A combinação da DM com AF mostrou efeitos sinérgicos, superando os benefícios de cada intervenção isolada. Estratégias comportamentais, como aconselhamento nutricional e suporte motivacional, foram associadas a maior adesão e eficácia. Conclui-se que intervenções integradas, baseadas no estilo de vida mediterrânico, são eficazes na redução dos componentes da SM, destacando-se como abordagem promissora para políticas de saúde pública e prática clínica