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Abstract(s)
O presente estudo teve por objetivo analisar se as condições macroeconómicas influenciam
a estrutura de capital das empresas cotadas na bolsa da Península Ibérica e verificar se os
efeitos foram distintos em função do país: Portugal e Espanha.
No estudo empírico analisámos cento e uma empresas, sendo catorze empresas
pertencentes ao PSI geral da Nyse Euronext Lisboa e oitenta e sete empresas cotadas na
bolsa de Madrid. O período de análise foi de vinte e cinco anos, especificamente de 1988 a
2012. Estudámos quatro tipos de rácios de endividamento das empresas, em particular o
rácio de endividamento de médio e longo prazo e o endividamento total em valores
contabilístico e de mercado. Comparámos estes rácios com três variáveis
macroeconómicas, sendo estas a taxa de inflação, a taxa de crescimento do PIB e a taxa de
juro. Ao fazermos a análise dos dados, subdividimos a amostra duas subamostras, uma
constituída por empresas espanholas e oura por empresas portuguesas. Esta análise
permitiu-nos verificar se existiram diferenças significativas na formação e ou composição
da estrutura de capital das empresas espanholas e portuguesas.
Para realizar o estudo utilizámos representações gráficas, as quais nos permitiram
visualizar a evolução, ao longo do período em análise, das variáveis macroeconómicas em
estudo. Utilizámos também estatística descritiva, principalmente medidas de tendência
central. Para analisar a influência das variáveis macroeconómicas no rácio de
endividamento utilizámos testes não paramétricos.
Os resultados permitiram-nos concluir que ocorreram diferenças nos rácios de
endividamento das empresas, quando comparámos os subperíodos de subida face à descida
das diferentes variáveis macroeconómicas. Ao analisar separadamente a taxa de inflação
(IPC), a taxa de crescimento do PIB e a taxa de juro, verificámos que os resultados não
foram unânimes, pois alguns testes indicam que as variáveis influenciam a estrutura de
capital e outros não. Para verificar se os efeitos foram apenas resultantes das condições macroeconómicas,
também introduzimos testes de robustez onde incorporámos variáveis específicas das
empresas. Como ao correlacionar as variáveis mais referidas na revisão de literatura como
determinante da estrutura de capital (tangibilidade, dimensão, rendibilidade, oportunidades
de crescimento e investigação e desenvolvimento das empresas), verificámos que a
tangibilidade e a dimensão da empresa foram as que mais se correlacionaram com o rácio
de endividamento. Por isso, testámos se as empresas com maior rácio de tangibilidade e
com maior dimensão apresentam os mesmos resultados da amostra total e constatamos que
não existiram diferenças significativas.
Description
Keywords
Endividamento Estrutura de capital Taxa de inflação Taxa de crescimento do PIB Taxa de juro