A Mediação Intrapessoal através da fotografia e videografia terapêutica Narrativas, Convivência e Mindsets

Pinto, Pedro Cristóvão Queirós

http://hdl.handle.net/10400.8/9571

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Authors

Pinto, Pedro Cristóvão Queirós

Advisor(s)

Vieira, Ricardo Manuel das Neves

Abstract(s)

Nesta investigação, pensa-se a mediação intrapessoal enquanto espaço privilegiado de experimentação, simulação e educação para a convivência, aplicando-a como ferramenta de intervenção psicossocioeducativa. Recorrendo à imagem, a partir de técnicas presentes na fotografia e videografia terapêutica, pretende-se potenciar a aquisição de ferramentas e conhecimentos valiosos para que os mediados desenvolvam a sua literacia visual, emocional e social, podendo desta forma ser intervenientes ativos, não só na melhoria do seu bem-estar, mas na construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e pacifica. Dada a escassez de investigações e trabalhos feitos em redor desta prática, esta investigação propõe contribuir como um primeiro ponto ou um primeiro degrau, na longa discussão necessária sobre as práticas de mediação intrapessoal. Acompanhando o percurso de quatro participantes ao longo de dez sessões individuais de mediação, explorar-se-á de que forma a distância facultada pela imagem e as suas potencialidades expressivas e simbólicas poderão contribuir para uma flexibilização das suas narrativas e capacidades, passado a agir sobre estas de forma mais consciente. Dividindo-se entre uma componente expositiva e uma prática, serão abordados vários conteúdos envolvidos na construção das identidades e narrativas pessoais/sociais, e nas dinâmicas da convivência. Ao longo de três meses, foram mediados encontros em redor de temas como as emoções, o discurso interno, o desconforto, entre outros, promovendo momentos de diálogo e troca de experiências em redor do trabalho de investigadores e artistas, assim como das imagens produzidas pelos participantes, em resposta aos desafios temáticos propostos. Expectou-se desta forma, que os mediados, gradualmente cientes dos seus processos de automedicação, pudessem mudar o seu mindset e assim integrar uma perspetiva mais construtiva, curiosa e pró-social perante o outro e as suas singularidades. Não é intenção desta investigação delinear ou estabelecer um modelo de aplicação, nem diretrizes fechadas sobre a prática de mediação intrapessoal, mas sim, expandir ideias e conceitos sobre o seu potencial enquanto ferramenta de intervenção social para a pedagogia da convivência.