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Advisor(s)
Abstract(s)
As crescentes preocupações ambientais e as novas tendências pelo consumo nutricional
orgânico (mais saudável e livre de produtos químicos) estão a influenciar os
consumidores nas escolhas que fazem, ao nível dos seus hábitos e na atitude em relação
ao meio ambiente. Este paradigma tem induzido os agricultores com produções em
ambientes protegidos, a um interesse renovado na geração de flores comestíveis, para uso
cosmético e medicinal, como forma de procurar alternativas aos cultivares tradicionais
de procura sazonal, por um mix de produtos de consumo regular e que, simultaneamente,
proporcionem boa rentabilidade. O recurso a ambientes protegidos, procura ir de
encontro às expectativas dos consumidores sensibilizados que estão, para uma agricultura
sustentável, quer ao nível da segurança dos produtos, quer ao nível do impacto ambiental
resultante da atividade gerada. Embora os requisitos culturais para a produção de flores
para uso humano sejam semelhantes aos das flores ornamentais, exige-se para estas, uma
produção especializada, uma vez que são cultivadas sem qualquer tipo de agrotóxico ou
produto químico. Sendo o recurso a agroquímicos nulo, importa investir em tecnologias
relacionadas com a produção em ambiente protegido, nomeadamente no que se refere à
temperatura, humidade, irrigação e radiação solar. Os principais custos associados a
culturas produzidas em estufas estão relacionados com a energia e o ambiente. Ressalta
assim, a preocupação crescente atribuída a estas duas componentes, pelo impacto que
representam na imagem e na competitividade das empresas produtoras. Esta condição é
ainda mais relevante, quando falamos de floricultura para uso humano, cuja produção se
rege por superiores exigências em climatização com temperaturas médias de 11°C no
inverno e de 26°C no verão, o que eleva os consumos energéticos e por conseguinte, com
substancial impacto ambiental. Estes pressupostos induzem os empresários do setor, a
realizar os seus investimentos, em zonas com climas mais moderados, cientes de que,
esta circunstância deprecia os encargos associados à produção e sustentabilidade.
As estufas selecionadas para a realização desta investigação localizam-se no
Ribatejo/Portugal e protegem uma área de 24.000m². O sistema de aquecimento é
composto por uma caldeira com uma potência nominal de 2.000kW, cuja energia
primária é a biomassa sólida. A gestão dos vários parâmetros, relativos ao ambiente
interno é assegurada, por sensores instalados nas estufas e em boa parte pela ventilação
natural. Avaliaram-se os padrões construtivos, assim como, consumos de energia elétrica,
poder calorifico do combustível, combustão da caldeira, emissões gasosas e ambiente no
interior da infraestrutura. Após avaliação das condições de funcionamento propôs-se um
conjunto de medidas de melhoria, nomeadamente, combustível a utilizar na caldeira,
armazenagem da biomassa, isolamento térmico de tubagens, elementos construtivos e
equipamentos de inércia térmica, que no seu conjunto constituem, um superior
desempenho energético e ambiental desta estrutura. Também se propôs a instalação de
um sistema fotovoltaico em regime de autoconsumo, com o objetivo de contribuir para a
eficiência energética e ambiental, neste tipo de produções agrícolas. Complementarmente
a estas ações realizou-se um estudo económico da viabilidade dos investimentos.
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Keywords
Citation
Nabais, A.S., Galvão, J.R. & Ascenso, R.M.T. (2017). Produção Sustentável em Ambiente Protegido de Flores para Uso Humano. Res Net Health 3, spta7.
Publisher
Instituto Politécnico de Leiria