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- Morfologia, Identificação e Alimentação Larvais de Palaemon varians Leach, 1814 [in Leach, 1813-1815]Publication . Simonka, Carlos Estevão; Leandro, Sérgio Miguel Franco Martins; Marques, Sónia Cristina Ferreira CotrimA presente dissertação se concentra na descrição de aspetos morfológicos significantes e distintivos, bem como na investigação de natureza alimentar larvais da espécie de camarão estuarino do Oeste europeu Palaemon varians. Os adultos reprodutores selvagens foram alimentados diariamente com ração para peixes carnívoros e onívoros e o mesmo se deu com os juvenis. As larvas foram alimentadas com náuplios de Artemia franciscana. Todos os ensaios de cultivo de adultos, juvenis e larvas foram realizados em meio com água do mar devidamente filtrada, esterilizada e mantida com salinidade 25, pH 8,3 e 20 °C, tendo os níveis de Amónia e Nitritos periodicamente medidos e fotoperíodo automaticamente ajustado para 12 horas. A descrição morfológica fotográfica permitiu identificar os melhores aspetos anatômicos diagnósticos para a identificação de cada fase larval. Constatou-se a existência de duas séries metamórficas de desenvolvimento larval: uma delas é longa, de 5 estágios ou instares larvais, com assentamento entre o 12° e o 13° dia, tradicionalmente descrita na bibliografia e observada em larvas obtidas da vitelogénese em meio natural; a outra é uma inusitada série larval curta de 4 estágios, com assentamento entre o 10° e o 11° dia, obtida através da vitelogénese em condições laboratoriais. A diferença entre as duas séries sempre se deu pela presença da zoea 5 na série longa e por sua ausência na curta. O trabalho apresenta hipóteses que explicam essas diferenças e a sua relação com a qualidade do vitelo, incluindo a sua importância macroecológica, adaptativa e tecnológica de aquacultura. O ensaio de inanição exógena, em que as larvas foram mantidas sem fonte externa de alimento, nutrindo-se exclusivamente de seu vitelo até a sua morte, permitiu concluir acerca de diferenças da qualidade larval entre as larvas obtidas da vitelogénese de campo e as larvas obtidas da vitelogénese em condições laboratoriais. Essas últimas nasceram ligeiramente maiores, tiveram maior incremento de crescimento e maior longevidade ao atingir o estágio ou instar de zoea 3, enquanto aquelas com vitelogénese na natureza só atingiram o instar de zoea 2. O ensaio de ingestão envolveu 7 níveis de densidade alimentar oferecidos às larvas para avaliar os efeitos no seu crescimento e metamorfose: 0, 2, 4, 6, 8, 10 e 12 náuplios de artémia/ml. Constatou-se uma crescente taxa de ingestão máxima a partir da zoea 1 refletindo o consumo de suas reservas vitelínicas e atingindo o seu valor máximo na zoea 3, quando o indivíduo deixa de ser lecitotrófico primário facultativo e se torna planctívoro obrigatório, diminuindo na zoea 4 e novamente na zoea 5, que já teriam mais reservas antes do assentamento. Para cada estágio de desenvolvimento larval foi possível definir os dias de sua ocorrência a taxa de ingestão máxima e pretendeu-se que isso seja um avanço e contribuição para o conhecimento sobre o cultivo desta espécie em condições de cativeiro.
