Unidade de Investigação - CICS.NOVA.IPLeiria. Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais
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- Vidas de Professores, de Idosos e de Imigrantes: da redescoberta de si e dos outros à (trans)formação identitáriaPublication . VIEIRA, RicardoProcuro, neste texto, resultante de uma comunicação apresentada no Simpósio “métodos biográficos e construção de conhecimento sobre desenvolvimento humano e bem-estar”, no XXXVII Colóquio da Afirse Portugal, a 30 de janeiro de 2020, dar conta das investigações que tenho realizado com recurso a micro-histórias de vida, essencialmente com professores, idosos e imigrantes. Explorarei as potencialidades da entrevista etnobiográfica e o modo como a mesma leva à redescoberta e racionalização de experiências passadas, opções tomadas, etc. destes sujeitos, pela possibilidade de terem alguém que os ouve e os questiona a partir das suas próprias lógicas, contextos e background cultural. Os sujeitos entrevistados refletem, assim, também eles, sobre as intenções do inquiridor e sobre si próprios. Neste sentido tornamse também investigadores de si próprios. Ao nível do estudo com professores, pretendo mostrar como se constrói, em cada caso, a disposição para a construção da interculturalidade na sala de aulas. Ao nível da pesquisa com idosos, pretendo mostrar a utilidade de narrativas para compreender a força do projeto pessoal de cada sujeito na construção de uma certa qualidade de vida ao nível das dimensões mais subjetivas do viver. Ao nível do estudo de imigrantes brasileiros em Portugal, trabalhando com a primeira vaga (final dos anos 80: mão de obra qualificada) e a segunda vaga (transição do século XX para o XXI: mão de obra menos qualificada) pretendo mostrar como se reconstrói a identidade entre duas margens culturais: a cultura de partida e a cultura de chegada. Em qualquer dos três casos, são usados conceitos que tenho trabalhado no âmbito das metamorfoses identitárias e da identidade em gerúndio e observada a heterogeneidade de modos de viver entre culturas, seja rejeitando a de origem (o caso do oblato), seja rejeitando a de chegada num dado momento (o modelo do self monocultural de acordo com a cultura de partida), seja vivendo de forma ambivalente entre as duas (o caso do eu multicultural), seja inventando a terceira margem, como diz o poeta, que corresponde a uma atitude de busca da inclusão das diferenças culturais por que se passou, ao longo da trajetória de vida, num self que se torna mais intercultural.