ESTG - Mestrado em Negócios Internacionais
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- O impacto da corrupção arbitrária e generalizada nos influxos de IDE e o efeito moderador da distância da corrupção. Evidências da América latinaPublication . Pessegueiro, Daniel Ramos Mendes; Ferreira, Manuel Aníbal Silva Portugal Vasconcelos; Reis, Nuno Manuel Rosa dosA qualidade do ambiente institucional dos países é um fator fulcral na capacidade de atração de investimento direto estrangeiro (IDE), ao reduzir as incertezas nas transações e os custos envolvidos nas operações e nos investimentos. Um dos elementos chave usados na avaliação do ambiente institucional na literatura de negócios internacionais é a corrupção. A corrupção emerge, e é um reflexo, de insuficiências institucionais. A literatura existente não é, no entanto, consensual sobre a prevalência de uma relação negativa entre a capacidade de atracão de IDE de um país e o nível de corrupção existente. Há, também, evidências que alguns países, notavelmente economias emergentes e em transição, apresentam simultaneamente altos níveis de corrupção e substanciais influxos de IDE. Para aprofundar a questão, parece relevante considerar o tipo de corrupção existente no país recetor de investimento. Para além disso, as EMNs poderão ter diferentes sensibilidades perante os níveis e os diferentes tipos de corrupção dos países onde pretendem investir, caso estejam sedeadas em países mais ou menos corruptos que o país recetor do IDE. Nesta dissertação analiso o impacto da corrupção arbitrária e corrupção generalizada nos influxos de IDE, considerando o papel moderador da distância da corrupção entre o país investidor e recetor do IDE. O estudo contribui assim para reforçar a compreensão sobre a importância do tipo de corrupção na captação de IDE, testando se diferentes tipos de corrupção têm também diferentes influências. Contribui ainda para avaliar uma dimensão menos estudada que é o papel moderador da distância da corrupção entre o país investidor e o país recetor de IDE, ao salientar que não é só a distância per se mas sim o sentido dessa distância que influencia o investimento. Empiricamente sustentado nos influxos de IDE para os países da América Latina, entre 2010 e 2014, concluí que a distância da corrupção ameniza o efeito negativo da relação entre corrupção arbitrária do país recetor do IDE e os influxos de IDE. Adicionalmente, quer quando existe um fluxo de investimento de países menos corruptos para os mais corruptos, quer quando o fluxo de investimento é inverso, só a corrupção generalizada dos países recetores de investimento tem um efeito negativo sobre os IDE. Assim, os resultados sugerem que é a corrupção organizada e recorrente – ou generalizada - que reduz os influxos de IDE.