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- O impacto dos tweets de Elon Musk na Bitcoin e na DogecoinPublication . Nunes, Juliana Maria Brás; Duarte, Elisabete Fernanda Mendes; Jorge, Maria João da SilvaA presente dissertação procura analisar o impacto dos tweets de Elon Musk na rendibilidade das criptomoedas, Bitcoin e Dogecoin. Através da ferramenta de análise Valence Aware Dictionary and sEntiment Reasoner (VADER) é efetuada a classificação do sentimento (polaridade e intensidade) dos tweets de Elon Musk procurando investigar o seu impacto sobre o mercado de cada uma das moedas em estudo. A análise é complementada através de estudos de evento, de modo a verificar se, ao apresentar informação nova e valiosa para os mercados das criptomoedas, a polaridade do sentimento refletido nos tweets de Elon Musk causa alterações significativas nas rendibilidades da Bitcoin e da Dogecoin. Procura, ainda, averiguar-se o tempo de absorção da informação pelo mercado, e se o impacto de um sentimento negativo é maior ou menor do que o sentimento positivo. Constata-se que os tweets de Elon Musk não têm impacto nas rendibilidades do mercado da Bitcoin e esse impacto apenas se verifica nas 3 horas seguintes ao tweet no mercado da Dogecoin.
- Refinement of anaesthesia and analgesia protocol in gilthead seabream (Sparus aurata): 2-phenoxyethanol and clove-oil in synergy with lidocainePublication . Tchobanov, Carolina Filipe; Baptista, Teresa Maria Coelho; Antunes, LuísA redução do stress é um objetivo fundamental para promover o bem-estar e o sucesso na produção animal. É comum serem utilizados anestésicos para reduzir o stress dos animais durante alguns procedimentos. Este estudo visa refinar a concentração anestésica do 2-fenoxietanol (2PHE) e do óleo de cravo-eugenol (CO) e analgésica da lidocaína (L) em douradas (Sparus aurata). O estudo consistiu na realização de dois ensaios de refinamento de concentrações, e de um ensaio de resposta fisiológica à exposição da anestesia/ analgesia. Neste último ensaio foi retirado sangue para determinação de parâmetros hematológicos e parâmetros de resposta imune e metabólica. Analisou-se o fígado avaliando a resposta metabólica e parâmetros de stress oxidativo. Avaliou-se a expressão de genes tanto no cérebro como nas brânquias. A análise histológica das brânquias permitiu estudar as alterações na estrutura e na morfologia. Dos resultados obtidos para os parâmetros hematológicos analisados destaca-se o MCV onde se observou uma diminuição em 2PHE + L comparado com CO. No entanto, estes valores encontram-se dentro dos aceitáveis para a espécie. Nos parâmetros de stress oxidativo a CAT foi estatisticamente superior em 2PHE e 2PHE + L comparado com CO e CO + L. Para TG, existiu igualmente um aumento significativo em CO e CO + L quando comparado com 2PHE + L. A SOD mostrou um aumento significativo em 2PHE + L. Tendo em conta os resultados dos parâmetros de stress oxidativo, o melhor tratamento parece ser CO ou CO + L. Nos resultados dos parâmetros da resposta imune, na peroxidase, existiu um aumento significativo com a exposição de 2PHE + L comparado com o CO, indicando um melhor resultado quando é utilizado o óleo de cravo. Nos parâmetros metabólicos, o lactato apresentou valores acima dos valores normais para a espécie, tendo o 2PHE + L e CO + L apresentado valores significativamente superiores a CO. O ALT apresentou valores mais elevados em 2PHE + L e CO +L comparado com 2PHE e CO, e o AST apresentou valores superiores em CO + L comparando com CO. Podendo concluir-se que o uso da lidocaína apresenta um potencial efeito negativo. Na análise histológica, nas modificações progressivas, em CO observaram-se menos danos do que em 2PHE, e nas modificações regressivas o uso da lidocaína (2PHE + L e CO + L) causou mais danos do que o uso isolado da anestesia (2PHE e CO). Na análise de expressão de genes, há uma maior expressão do gene HSP70 nas brânquias havendo uma maior expressão em CO e CO + L do que em 2PHE + L. Na expressão de genes no cérebro, destaca-se o gene GST3 com maior dano associado a 2PHE + L. Em conclusão, este trabalho aponta para a utilização das doses ideais de 2-fenoxietanol (0,4 mL/L) com lidocaína (2,5 mg/L), e o óleo de cravo-eugenol (45 mg/L) em dourada. Embora o uso de lidocaína leve a uma melhoria nos tempos de indução e tempo de recuperação, sem alterações de outros parâmetros; houve também resultados que mostram um aumento de stress devido à exposição. Assim, dependendo dos objetivos do trabalho e do composto anestésico utilizado, a utilização da analgesia pode ser favorável. No entanto, são necessários mais estudos para compreender melhor a sinergia com a analgesia utilizando outros anestésicos sintéticos e naturais.
- Estudo exploratório sobre a recetividade e disponibilidade para pagar maçãs mais sustentáveisPublication . Costa, João Miguel Maurício; Fernandes, Maria Eduarda da Silva TeixeiraO sector agrícola enfrenta atualmente diversos desafios, nomeadamente, a necessidade de aumento de produtividade, redução do desperdício e do impacto ambiental causado pelo setor. É necessário transformar o sistema agrícola atual num sistema mais sustentável, e a passagem de uma economia linear para a economia circular apresenta-se como uma das soluções. Para esta transformação é essencial a intervenção de todos os membros da sociedade, governos, produtores e consumidores. No caso concreto dos consumidores, são diversos os comportamentos sustentáveis que podem adotar, desde a opção por produtos biológicos; por produtos de origem vegetal; alimentos locais e sazonais e ao consumo de alimentos com embalagens reduzidas ou comestíveis, por exemplo. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo perceber a recetividade dos consumidores portugueses para uma alimentação mais sustentável, nomeadamente, uma maçã produzida de forma inovadora e circular, e a sua disponibilidade para pagar mais pela mesma. Adicionalmente, pretende-se perceber se essa recetividade e disponibilidade para pagar pela maçã sustentável é influenciada pelo tipo de informação fornecido aos consumidores: benefício do produto sustentável para a saúde vs. benefícios para o ambiente. Para tal, foi efetuado um questionário online, a 411 indivíduos, no qual foram incluídos dois tratamentos experimentais, para testar o impacto desses dois tipos de informação. Dos 411 inquiridos, 396 são consumidores de maçãs e destes, 86,9%, mostraram-se recetivos à aquisição de maçã sustentável, ou seja, 381 inquiridos. Para além da elevada recetividade dos consumidores face a uma maçã sustentável, os resultados apontam ainda para a disponibilidade para pagar um prémio de 0,35€/kg face à maçã convencional (preço médio de 1,95 €/kg para a maçã sustentável, face ao preço de 1,60€/kg pela maçã convencional). Foi ainda possível concluir que o tipo de informação fornecido acerca dos benefícios da maçã sustentável não tem um impacto estatisticamente significativo nos resultados. No entanto, algumas características e comportamentos dos inquiridos, entre os quais, comportamentos alimentares sustentáveis, o consumo ecológico, a frequência de consumo de maçãs, o nível de escolaridade e a situação financeira, estão relacionadas com a disponibilidade dos inquiridos para pagarem pela maçã sustentável.
- Do firms with low carbon emissions have higher value?Publication . Alfredo, Edson Domingos; Jorge, Maria João da Silva; Duarte, Elisabete Fernanda MendesEsta dissertação visa investigar se as empresas com baixas emissões de carbono apresentam valores de mercado mais elevados. Para concretizar esse objetivo utilizamos as empresas pertencentes ao índice STOXX Europe 600, para o período de 2021. Foi utilizada a variável Tobin’Q como medida do valor de mercado das empresas e o índice STOXX® Europe Low Carbon 100 para classificar as empresas como empresas de baixas emissões. Recolhemos os dados financeiros e de mercado de todas as empresas do mercado selecionado na base de dados DataStream e, utilizando o software Gretl, realizámos os testes sobre os dados mencionados. Embora os resultados encontrados mostrem evidência de uma relação positiva entre o valor de mercado das empresas e o seu nível de emissões de carbono, esta evidência não é estatisticamente significativa, o que indica que a nossa hipótese de partida não foi validada. Talvez a descoberta inesperada de que as estratégias que reduzem as emissões de carbono reduzem o valor da empresa possa ser explicada pelo facto de que, a curto prazo, as estratégias que reduzem as emissões de carbono aumentam os custos globais das empresas. Talvez a utilização da metodologia de dados em painel se revelasse mais adequada, uma vez que analisaria a nossa hipótese num período de tempo mais alargado.
- O uso de extratos comerciais de macroalgas como bioestimulantesPublication . Ramos, Rute Sofia Oliveira; Mouga, Teresa Margarida Lopes da Silva; Afonso, Clélia Paulete Correia NevesAs algas, do termo em latim “planta marinha”, conhecidas como macroalgas e microalgas, têm despertado nos últimos anos, um elevado interesse. Encontradas em água doce, salobra ou salgada, estes organismos contêm vitaminas, minerais, proteínas, entre outros compostos de interesse, com bioatividades importantes como antibacteriana, antifúngica ou bioestimulante, entre outras. Rhodophyta, Chlorophyta e Phaeophyceae são os 3 grandes grupos de macroalgas que se distinguem pelos seus pigmentos. Um dos interesses das macroalgas, relaciona-se com uso das mesmas enquanto bioestimulantes, efeito muitas vezes correlacionado com a presença de fito-hormonas vegetais na sua composição. As auxinas e citocininas são as mais vulgarmente conhecidas, no entanto, tantas outras têm a sua função e importância. Estas fito-hormonas são extraídas através de extratos aquosos, uma vez que são solúveis em água, sendo os extratos de elevado rendimento e eficiência, economicamente acessíveis e de fácil repetição. Extratos algais encontram-se em comercialização, como seja o AcadianTM Soluble Seaweed Extract Powder (SSEP), produzido pela empresa HortFertplus a partir da macroalga castanha Ascophyllum nodosum, ou o AgroGain, produzido pela empresa Sea6Energy, na Índia, com base na macroalga vermelha Kappaphycus alvarezii. A macroalga A. nodosum é comummente usada como bioestimulante, devido à presença de fito-hormonas como citocininas, ácido abcísico e giberelinas. Já a K. alvarezii possui maioritariamente auxinas, citocininas e giberelinas. As fito-hormonas, comprovadamente, aceleram a germinação das sementes, e ainda, aumentam a resistências das plantas a fatores de stress (particularmente o ácido abcísico). Outros componentes, como enzimas, naturalmente presentes, podem ter um impacto conjunto com as fito-hormonas. Assim, este trabalho visou testar a eficácia de dois extratos comerciais enquanto bioestimulantes em alface, Lactuca sativa, e tomate, Solanum lycopersicum. Foram realizados testes de germinação, de crescimento e testes de stress. Concluiu-se que os extrato algais em concentrações muito elevadas têm efeito inibitório. Para a germinação, a concentração mais adequada para alface e para tomate foi de 2%. Verificou-se também que diferentes metodologias têm impacto nos resultados dos ensaios desenvolvidos. Assim, sementes previamente embebidas no extrato têm melhores resultados relativamente à utilização do extrato incorporado no meio de cultivo, sendo que em tomate, registou-se maior taxa de germinação nas sementes embebidas e melhor estado fisiológico e sanitário. Finalmente, nos ensaios de stress salino apenas se obtiveram resultados positivos para uma concentração de 5‰. Os extratos utilizados demostraram melhorar as taxas de germinações apenas em sementes de alface. Futuramente, o aumento do número de amostras e de testes com intervalos mais específicos, como o intervalo 5‰ - 15 ‰, são a considerar. Já a temperatura de germinação de 35°C foi muito prejudicial para o tomate, não se tendo obtido qualquer germinação, enquanto para a alface, esta rondou apenas os 60%. A analise química elementar das plantas testadas, seriam novos elementos a considerar para obtenção de resultados mais completos.
- Estudo exploratório das perceções de fatores de risco e do potencial envolvimento da população na prevenção de incêndios ruraisPublication . Pedrosa, Ema Cristina Duarte; Fernandes, Maria Eduarda da Silva Teixeira; Valente, Marieta Alexandra Moreira MatosTodos os anos Portugal é afetado por incêndios rurais, que destroem fauna, flora, infraestruturas e até vidas humanas. Embora os incêndios tenham sido sempre uma realidade, nas últimas décadas estes têm aumentado em extensão e gravidade. Torna-se evidente que apenas combater os incêndios rurais quando estes ocorrem já não é uma solução viável, é preciso adotar medidas diferentes e estas medidas passam pela prevenção. Com esta investigação pretende-se avaliar a perceção da população, em Portugal, para os fatores de risco de incêndio rural, sejam eles, risco de ignição ou de propagação, bem como explorar a sua disposição em contribuir para a prevenção destes incêndios. Para explorar esses temas foram realizados três grupos de foco, reunindo uma amostra de 17 participantes, e foi realizado um questionário online a 301 indivíduos. Concluiu-se que os participantes estão conscientes dos riscos associados aos incêndios rurais, revelando-se, no entanto, uma maior facilidade em identificar os fatores de risco de ignição do que os fatores de risco de propagação. Embora identifiquem o ser humano como um dos principais responsáveis pela ignição de incêndios rurais, em resultado de atividade criminosa, negligência ou devido a transtorno psicológico – piromania, revelam algum desconhecimento dos fatores de risco de propagação. A acumulação de combustível vegetal e as condições climáticas são identificadas como fatores de risco de propagação, embora esta identificação não seja tão direta como foi no caso dos fatores de ignição; além disso, a topografia, que é também um dos principais fatores de risco de propagação, nunca foi referida pelos participantes em nenhuma das metodologias de investigação. Em ambas as abordagens foi explorada a hipótese da população contribuir para a prevenção dos incêndios, através da monitorização do estado das florestas, de onde se concluiu que a maioria da população está disposta a contribuir para a prevenção dos incêndios rurais e que, quando dado à escolha entre contribuir para esta prevenção disponibilizando tempo para dedicar à monitorização do estado das florestas ou disponibilizando dinheiro para financiar esta monitorização, a maioria prefere contribuir com o seu tempo.