Browsing by Issue Date, starting with "2021-11-23"
Now showing 1 - 3 of 3
Results Per Page
Sort Options
- Brincar livremente na natureza: contributo de pais e professoresPublication . Maria, Isabela Oliveira dos Santos; Santos, Rui Miguel Duarte; Oliveira, Mário Acácio Borges de Melo Correia deOs processos de urbanização, criam nos adultos uma cultura do medo, onde a violência, falta de segurança e a falta de adultos disponíveis implica na diminuição drástica da mobilidade de crianças, na redução dos espaços de movimentação ao ar livre e no aumento do uso dos dispositivos eletrônicos. O brincar livremente em espaços abertos, ao ar livre e na natureza se tornou algo perigoso e pouco explorado pelas crianças. A infância atual é marcada pelas brincadeiras em espaços fechados e reduzidos, com brinquedos prontos e que pouco estimulam a criatividade e o movimento. É neste contexto que este estudo busca compreender de que modo pais e professores contribuem para o brincar livremente na natureza por parte de suas crianças. A análise centra-se na compreensão da perspetiva de pais e professores sobre o brincar livremente na natureza, seus benefícios e a importância dada a este brincar na infância das crianças. Este estudo enquadra-se como uma investigação do tipo qualitativa, sendo a entrevista semiestruturada o principal instrumento de coleta de dados. Com uma amostra de 39 pais e 16 professores distribuídos pelos distritos de Coimbra, Leiria, Lisboa e Santarém, foi possível concluir que pais e professores identificam os benefícios de brincar livremente na natureza, embora as suas perceções sobre os riscos e falta de segurança impeçam que estes possam contribuir de forma efetiva no brincar livremente na natureza por parte de suas crianças. Com este estudo foi possível perceber que há uma urgência em desconstruir a cultura da segurança, ocupar espaços públicos e permitir que as crianças voltem a brincar livremente. O que só é possível através da elaboração de políticas públicas que possibilitem uma maior mobilidade das crianças e que promovam o brincar livremente ao mesmo tempo que permitam aos pais e professores sentirem-se seguros em deixar as suas crianças brincarem sem a interferência de adultos.
- Gestão escolar baseada no bem-estar do alunoPublication . Duarte, Núria Calado; Barreto, Maria Antónia Belchior FerreiraA mudança constante da sociedade pressupõe uma transformação das e nas escolas, que devem aproveitar e encarar a mudança como uma oportunidade (Lima, 1998). É necessário que as escolas preparem as crianças com novas competências para novos trabalhos e eduquem cidadãos de e para o mundo (Winthrop et al., 2018), promovendo o seu bem-estar, o que pode contribuir para a criação de sociedades socialmente mais coesas, para a promoção da saúde mental e, acima de tudo, para potenciar a aprendizagem (Seligman, 2011). Por outro lado, são requeridos novos modos de gestão e inovação nas escolas, designadamente envolvendo todos os membros num processo de aprendizagem e desenvolvimento incorporado nas práticas diárias, tornando-se uma “organização de aprendizagem” (Chiavenato, 2004) ou “organização que aprende” (Bolívar, 2003), privilegiando a autoavaliação enquanto estratégia para a melhoria da escola (Hargreaves, A. & Fink, D., 2007). A presente investigação decorreu em duas escolas do 1.º ciclo do ensino básico e pretendeu perceber de que forma o foco no bem-estar do aluno pode promover a melhoria da escola e do processo educativo e, consequentemente, das aprendizagens dos alunos, sendo implementada através do método do estudo de caso e recorrendo a metodologias qualitativas e compreensivas. Os resultados obtidos apontam para a possibilidade destas melhorias poderem acontecer através de um quadro de avaliação flexível (neste caso, baseado no Modelo do Bem-Estar na Escola, de Konu, A. e Rimpelä, M., 2002), co-construído pelos próprios envolvidos (através da metodologia SPIRAL), com base num perfil do aluno com bemestar também definido pelos atores da comunidade educativa, tornando-se assim uma avaliação que toma em consideração o que é realmente importante para os utilizadores de cada escola, ou seja, para aquela comunidade educativa. No caso das escolas estudadas, de acordo com os resultados obtidos, o que mais contribui para o bemestar dos seus alunos é à relação com os outros, principalmente com os pares, o clima de escola e a parte lúdica - o brincar. Como percebido na presente investigação, a melhoria na gestão escolar pode ser concretizada com base num quadro de referência consensualizado e apropriado pelos próprios atores, adaptado às necessidades, expetativas e desejos de toda a comunidade escolar, visando não apenas o sucesso académico mas também o bem-estar do aluno, dois fatores que se relacionam e potenciam.
