Browsing by Author "Roque, Ana Margarida Gaspar"
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- A IMPORTÂNCIA DO CUIDAR: AS ATITUDES DOS ENFERMEIROS FACE ÀS FAMÍLIASPublication . Roque, Ana Margarida Gaspar; Menino, Eva Patrícia da Silva Guilherme MeninoEnquadramento: As atuais políticas de saúde reforçam a centralidade da família na prestação dos cuidados de enfermagem, reconhecendo que a saúde dos indivíduos está profundamente influenciada pelo seu contexto familiar. Neste sentido, a prática dos enfermeiros especialistas em Enfermagem de Saúde Familiar deve ser orientada por uma abordagem colaborativa, em parceria com a família, assumindo-a como unidade de cuidado. Esta forma de atuação tem-se revelado promissora, gerando ganhos significativos em saúde. Torna-se, por isso, fundamental compreender a importância que os enfermeiros atribuem à família no processo de cuidados, bem como identificar os fatores que influenciam essa perceção. Esta compreensão é essencial para promover uma prática mais consciente, eficaz e centrada na realidade familiar, contribuindo para o fortalecimento da saúde familiar como eixo estruturante dos cuidados de enfermagem. Compreender a perspetiva e as atitudes dos enfermeiros em relação à integração das famílias no processo de cuidar permitir-nos-á conhecer qual o caminho a percorrer na ciência de enfermagem para que a integração das famílias nos cuidados de enfermagem seja uma realidade efetiva em todas as áreas de intervenção do enfermeiro. (Frade et al, 2021) Objetivos: Identificar e descrever as atitudes dos enfermeiros face ao envolvimento das famílias nos cuidados, compreender qual a importância atribuída ao envolvimento da mesma e relacionar as atitudes com as características sociodemográficas e profissionais. Métodos: Estudo quantitativo, descritivo-correlacional e transversal. realizado a 29 enfermeiros da região norte do país. O instrumento de colheita de dados utilizado é composto por um questionário de caracterização sociodemográfica e profissional e pela escala Importância da Família nos Cuidados de Enfermagem - Atitudes dos Enfermeiros (Oliveira et al.,2011). Resultados: A amostra foi composta por 29 enfermeiros, com uma média de idades de 44,45 anos. A maioria encontra-se casada ou em união de facto (82,8%) e possui, maioritariamente, o grau de licenciatura (75,9%). No que respeita ao título profissional, os enfermeiros generalistas representam a maioria (51,7%). Entre os especialistas, destacam-se as áreas de Enfermagem de Saúde Infantil e Pediátrica e Enfermagem de Reabilitação, ambas com uma representatividade de 20,7%. O contexto profissional dos participantes apresenta diversidade quanto à tipologia de unidade, sendo que a maioria exerce funções numa Unidade de Saúde Familiar, representando 55,2% da amostra. O tempo médio de exercício profissional é de 21,38 anos. Relativamente à formação em Enfermagem de Saúde Familiar, 62,1% dos enfermeiros referiram ter formação nesta área, sendo que, entre estes, a maioria realizou essa formação em contexto académico (38,9%). No que diz respeito às atitudes face à família nos cuidados de enfermagem, os resultados evidenciam uma postura de suporte e valorização da família como elemento central do processo de cuidados. A pontuação média total obtida na escala "Importância da Família nos Cuidados de Enfermagem – Atitudes dos Enfermeiros" foi de 85 pontos, com um desvio padrão de 7,85 refletindo uma atitude globalmente positiva da amostra face ao envolvimento da família nos cuidados. Conclusão: Embora não tenham sido encontradas associações estatisticamente significativas, os dados obtidos revelam que os enfermeiros inquiridos demonstram atitudes favoráveis e de apoio à família, reconhecendo e valorizando o seu papel no processo de cuidados. De forma geral, os resultados traçam um panorama encorajador quanto à integração da família nos cuidados de enfermagem, refletindo uma predisposição positiva por parte dos profissionais. Apesar da ausência de resultados com significância estatística, as tendências identificadas sugerem a importância de se reforçar estratégias formativas e institucionais que promovam práticas de enfermagem cada vez mais inclusivas e centradas na realidade familiar dos utentes. Este caminho poderá contribuir para uma maior consolidação do papel da família como parceira no processo terapêutico e para a melhoria dos resultados em saúde.
