ESSLei - Mestrado em Enfermagem Comunitária - Área de Enfermagem em Saúde Familiar
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- CONSEQUÊNCIAS DA PANDEMIA POR COVID-19 NA SOBRECARGA E SENTIDO DE VIDA DO CUIDADOR INFORMALPublication . Lopes, Sandra Maria Ferreira; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelVerifica-se, atualmente, uma elevada preocupação no que concerne ao impacto da pandemia por COVID-19 no bem-estar geral da população. Esta pandemia constitui-se como uma crise global, não só ao nível de saúde pública e de estabilidade económica, mas também de bem-estar familiar. Ao evocar questões acerca do sentido de vida, a pandemia constitui-se como uma oportunidade para a (re)descoberta de valores humanos e universais. Numa sociedade cada vez mais envelhecida, a pandemia por COVID-19 veio acentuar, ainda mais, as dificuldades vivenciadas no quotidiano dos cuidadores a vários níveis, designadamente, profissional, pessoal, financeiro e social. Perspetivada não só como a unidade básica da sociedade, mas também como foco dos cuidados de enfermagem, a família apresenta como função prioritária, o suporte e a proteção dos seus membros. Pela sua proximidade, o enfermeiro de saúde familiar conhece as singularidades de cada família, o seu potencial, as suas competências e fragilidades. Com o seu saber técnico, científico e humanístico, define estratégias de índole sistémica que potenciam a ação da família, face às necessidades específicas de cada um dos seus constituintes. Todavia, urge compreender quais são os desafios, as respostas e as adaptações que emergiram a partir desta nova realidade, visto o cenário pandémico ter condicionado a interação entre enfermeiros e famílias. Tendo por base este intuito, efetuou-se uma revisão sistemática de literatura, subjacente à seguinte questão de investigação: Quais são as consequências da Pandemia por COVID 19 na sobrecarga e sentido de vida do cuidador informal? Os objetivos definidos para a pesquisa são: 1) Avaliar a sobrecarga do cuidador informal durante o período de pandemia por COVID-19 e 2) Identificar a relação entre o sentido de vida e a sobrecarga do cuidador informal. A partir da questão PI[C]O, foram definidas palavras-chave e realizada uma pesquisa de artigos científicos na base de dados da plataforma B-On no mês de novembro de 2021. Na Revisão Sistemática da Literatura, incluíram-se artigos, publicados nos últimos seis anos e disponíveis gratuitamente nas bases de dados Academic Search Complete, Complementary Index e Medline, através dos seguintes descritores: Informal “caregiver burden”, “COVID-19 or coronavirus or 2019-ncov or sars-cov-2 or cov-19”, “life purpose” or “meaning in life” or “purpose in life”, utilizando o operador booleano AND. Da aplicação dos critérios de inclusão, foram identificados, no total, 58 artigos, dos quais, após análise dos títulos e resumos, foram selecionados cinco artigos como elegíveis e incluídos. Relativamente aos resultados, constatou-se que a sobrecarga do cuidador variava de acordo com a doença da pessoa cuidada, sendo que as evidências comprovaram que os cuidadores de pessoas com demência e doença oncológica relataram uma maior sobrecarga de cuidados, principalmente as mulheres. Também a ansiedade, o stress crónico e a depressão (angústia e sofrimento existencial) foram geradores do sentimento de sobrecarga do cuidador, durante a pandemia por COVID-19. Registou-se que a promoção da resiliência reduz significativamente a angústia associada aos cuidados. Conclui-se que a presença da espiritualidade, da esperança e de um sentido de vida, a par da resiliência, reduzia significativamente a angústia associada aos cuidados. É fundamental que os cuidadores sejam devidamente treinados e capacitados para que alcancem maiores níveis de resiliência como a capacidade de aceitar a situação diariamente, suprindo a necessidade de a pessoa não perder a sua essência e restaurar a esperança. Torna-se crucial que os enfermeiros desenvolvam competências para identificar e intervir nos processos de transição saúde - doença, orientando os cuidadores para atingirem o nível de mestria, promotor da resiliência e de esperança.
- Enfermagem transcultural no cuidado de Famílias ciganas: olhar do enfermeiro de famíliaPublication . Parreira, Paula Cristina do Vale Brito; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelO presente relatório enquadra o Curso de Mestrado de Saúde Familiar conducente à atribuição do título de Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária na área de Saúde Familiar. A cultura é um fenómeno universal, com impacto na sociedade moderna, que impõe reajustes nomeadamente ao nível dos cuidados de enfermagem às famílias, considerando-as unidades sistémicas e em desenvolvimento. As famílias de cultura cigana são consideradas uma minoria étnica, com padrões culturais distintos; nem sempre compreendidas e aceites pela sociedade considerada maioritária. Os cuidados de enfermagem culturais às famílias ciganas assumem expressões e significados, que podem ser significativos na relação terapêutica enfermeiro-utente, fundamentada no respeito pela diferença, valores e crenças. Os enfermeiros de família têm a perceção de que precisam melhorar os cuidados e identificam determinantes que influenciam e promovem os cuidados culturalmente competentes. A Revisão Integrativa (II Parte) constitui uma estratégia de pesquisa subjacente à questão de investigação: quais os determinantes aos cuidados culturalmente competentes a desenvolver pelo enfermeiro de família, junto de famílias de cultura diversa, em especial cigana? Cujo objetivo configura da seguinte forma: identificar os determinantes da prática de enfermagem transcultural pelos enfermeiros de família, junto de famílias de cultura diversa, em especial cigana. A Revisão integra quatro estudos, publicados entre 2016 e 2022. Os resultados revelam que existem determinantes que condicionam os cuidados de enfermagem culturalmente competentes, uns que os condicionam outros que os promovem, conduzindo à discussão com base no Modelo de Sunrise de Madeleine Leininger. O Modelo de Sunrise relaciona-se com os determinantes promotores dos cuidados culturais e permite descobrir, conhecer e explicar a interdependência dos fenómenos culturais com os cuidados de enfermagem, conferindo satisfação das famílias, numa base de preservação, negociação e/ou RE padronização.
- O ENFERMEIRO DE FAMÍLIA NO ACOMPANHAMENTO DE FAMÍLIAS COM ELEMENTOS ADULTOS OU IDOSOSDEPENDENTES COM DIABETES MELLITUS TIPO 2: EXPETATIVAS DOS CUIDADORES INFORMAISPublication . Serra, Catarina Isabel Pires; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelEnquadramento: Este relatório reporta-se à prática clínica desenvolvida na Unidade de Saúde Familiar (USF) CampuSaúde. Numa abordagem inicial caraterizaram-se as famílias do ficheiro da enfermeira especialista (EE) orientadora, tendo-se constatado que a maioria dos utentes são adultos ou idosos, alguns dos quais com diabetes mellitus (DM) tipo 2 e dependentes de cuidados prestados por familiares seus cuidadores informais (CI). Para que o EE em Enfermagem de Saúde Familiar (ESF) possa intervir de forma mais eficaz junto destes CI, implementou-se um estudo de investigação sobre as expetativas dos CI quanto aos cuidados a prestar pelo enfermeiro de família (EF) no acompanhamento das famílias com elementos adultos ou idosos dependentes com DM tipo 2. Objetivos: Caracterizar os CI e as famílias de elementos adultos ou idosos dependentes com DM tipo 2; determinar quais são as expetativas dos CI de elementos da família adultos ou idosos dependentes com DM tipo 2 quanto aos cuidados a prestar pelo EE em ESF; e conhecer o contributo dos cuidados prestados pelo EE em ESF no acompanhamento das famílias com elementos adultos ou idosos dependentes com DM tipo 2. Metodologia: Foram utilizados 2 métodos de investigação complementares, a revisão integrativa da literatura (RIL) e o estudo de casos múltiplos com 3 famílias, tendo como base o modelo de Calgary de avaliação e intervenção familiar e como referencial teórico o modelo de sistemas de Neuman. Resultados: A RIL identificou, como expetativas dos CI, que o EE em ESF tenha conhecimentos e experiência no estabelecimento de uma comunicação eficaz, na continuidade de cuidados e no acompanhamento regular, e que os cuidados contemplem a educação em saúde, tenham em conta a língua e a cultura dos destinatários e incluam a família como um todo. O estudo de casos múltiplos permitiu constatar o contributo positivo dos cuidados prestados pelo EE em ESF, uma vez que, após a sua intervenção, o número de stressores diminuiu, os status dos diagnósticos melhoraram e a grande maioria dos objetivos foram alcançados. Conclusão: O desenvolvimento das competências do EE em ESF em contexto de USF e o estudo do acompanhamento de famílias com adultos ou idosos dependentes com DM tipo 2, baseado em instrumentos e modelos de avaliação e intervenção familiar, facilitaram o estabelecimento de parcerias colaborativas, a valorização das forças familiares e a resposta às necessidades específicas das famílias, permitindo concluir que foram atingidos os objetivos propostos no início do estágio.
- O Enfermeiro Especialista em Saúde Familiar na promoção da comunicação no casalPublication . Francisco, Paula Filipe Guarda; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro Hüttel
- Estágio de natureza profissional em Enfermagem de cuidados de saúde à família em contexto de USF/UCSP com relatório finalPublication . Carvalho, Beatriz Isabel Ferreira de; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelENQUADRAMENTO: Em pleno estado de emergência devido à pandemia por Covid-19, emergiu, no desenvolvimento das competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde familiar em contexto de numa UCSP, a preocupação com o crescente número de famílias com elementos com sintomatologia depressiva. O sofrimento mais relatado era a incapacitados de experienciar momentos de bem-estar e de olhar o seu futuro, acompanhado de alteração do humor, ideação suicida e alienação pelo recurso a dependências. Os estudos de Viktor Frankl e investigadores existenciais logoterapeutas têm comprovado a relação entre, grande parte, desta sintomatologia e o vazio existencial ou ausência de sentido de vida, sendo a CoCIP uma competência de enfermagem que orienta na descoberta de sentido de vida. OBJETIVOS: Os objetivos definidos para a pesquisa são: 1) Mapear o conhecimento existente sobre o sentido de vida das pessoas/famílias com depressão; 2) Identificar as intervenções junto da família com um elemento com depressão. METODOLOGIA: Efetuou-se uma revisão da literatura, subjacente à seguinte questão de investigação: Qual é o conhecimento que existe sobre a importância do Sentido de vida na Pessoa com Depressão? A partir da questão PCC, foram definidas palavras-chave e realizada uma pesquisa de artigos científicos na base de dados da plataforma B-On. Na Revisão da Literatura, incluíram-se artigos, publicados nos últimos cinco anos e disponíveis gratuitamente, através dos seguintes descritores: “meaning in life” or “life purpose”, “depression”, “nurs*” or “family nurs*”, “hospital” utilizando o operador booleano AND, OR e NOT. Da aplicação dos critérios de inclusão, foram identificados, no total, 12 artigos, dos quais, após análise dos títulos e resumos, foram selecionados quatro artigos como elegíveis e incluídos. RESULTADOS: Os resultados constataram que os sintomas depressivos diminuem a qualidade de vida e o bem-estar dos indivíduos e das famílias que sofrem desta patologia, pondo a sua vida em risco com ideações suicidas. Registou-se que a promoção do sentido de vida com intervenções do EEESF, reduz, com significância estatística, os sintomas depressivos e a forma de encarar os acontecimentos de vida. CONCLUSÃO: É fundamental que os profissionais de saúde, em especial os Enfermeiros de Família, estejam despertos e capacitados para promover a esperança e o sentido de vida das suas famílias e indivíduos. Os enfermeiros devem implementar mudanças na prática com vista à melhoria dos cuidados, procurando personalizar os cuidados às necessidades de cada família. Torna-se crucial que os enfermeiros desenvolvam competências para identificar e intervir nos processos de transição saúde - doença, orientando os cuidadores para atingirem o nível de mestria, promotor da resiliência e de esperança.
- Funcionalidade familiar de famílias com idoso dependente com síndrome demencial: contributo do enfermeiro de famíliaPublication . Rodrigues, Cecília Marzia; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelEste relatório reporta-se à prática clínica desenvolvida na Unidade de Saúde Familiar Plátano. Considerando as transformações ocorridas na sociedade e a significativa evolução no âmbito da saúde é crucial, enquanto profissional nesta área, apostar na formação de modo a dar respostas diferenciadas e especializados para consolidar o mandato social do Enfermeiro Especialista na Área de Saúde Familiar (EEESF). Objetivos: pretende-se a descrição e análise reflexiva das atividades clínicas para o desenvolvimento de competências comuns e específicas na área de enfermagem de saúde familiar; e através do estudo empírico, conhecer as vivências de famílias com idosos dependentes com síndrome demencial; e analisar a expectativa das famílias com idosos dependentes com síndrome demencial quanto ao contributo de enfermeiro de família para a funcionalidade familiar. Metodologia: na atividade clínica recorreu-se a estudos de família e na vertente de investigação desenvolveu-se, em fevereiro de 2024, um estudo um estudo descritivo a partir de categorias definidas à priori com quatro famílias de idosos dependentes com síndrome demencial a quem foi realizada entrevista semiestruturada. Resultados: o Modelo Dinâmico de Avaliação e Intervenção Familiar foi crucial para o desenvolvimento dos processos de cuidados às famílias. O estudo empírico revelou que a satisfação decorrente do cuidar mostrou ser acompanhada de sentimentos de tristeza, cansaço ou medo. As alterações relacionam-se com a privação da interação com o círculo de amigos, a impossibilidade de ir de férias, a diminuição do autocuidado e a necessidade de reorganização familiar. Surgem como recursos na adaptação à situação a união familiar, a religião, a reforma do idoso e as redes formais. As necessidades referem-se à formação/capacitação e ao apoio emocional do cuidador. Os significados atribuídos ao enfermeiro de família relacionam-se com as competências sócio profissionais não sendo, no entanto, reconhecido o seu contributo para a funcionalidade do sistema familiar. Conclusão: As atividades clínicas permitiram o desenvolvimento de competências comuns e específicas do EEESF e a investigação deu a conhecer as vivências das famílias e as expetativas quanto ao contributo do enfermeiro de família.
- Integração da Família nos cuidados - Intervenções de Enfermagem em Saúde FamiliarPublication . Marques, Maria Rosa Ferreira; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelA responsabilidade da prestação de cuidados de enfermagem é assumida, numa parceria colaborativa com as famílias, pelo enfermeiro de família que integrado numa equipa multiprofissional atua nos mais variados contextos comunitários e nas diversas fases da vida (DL 118/2014). Tendo como foco a família como unidade de cuidados, procura apoia-la e promover a saúde na sua globalidade através da prevenção da doença e reabilitação, agindo na procura de soluções que fomentem competências biopsicossociais nos e com os indivíduos e famílias (OE20). As teorias de enfermagem referem-se à relação enfermeiro/utente como fulcral no sucesso dos cuidados, o “saber ser” do enfermeiro quando intervém com utentes/famílias faz a diferença no cuidar (Gottieb,2016 p.299). No sentido de desenvolver a prática baseada na evidencia e valorizando uma intervenção concertada e sistémica, optamos por uma revisão integrativa da literatura para dar resposta à questão: Quais são as intervenções do enfermeiro de família em Cuidados de Saúde Primários que promovam o envolvimento da família? Como conclusão, evidenciamos que as principais intervenções facilitadoras do envolvimento das famílias no cuidar, são a comunicação, a educação, a formação e a capacitação.
- RELATÓRIO DE ESTÁGIOPublication . Inês, Micael Areia; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelENQUADRAMENTO: Em Enfermagem de Saúde Familiar, a translação da teoria para a prática é considerada essencial para o desenvolvimento de competências de enfermagem. Em particular, o envolvimento da família nos cuidados de enfermagem é cada vez mais defendido por peritos da academia e praxis clínica. Todavia, os enfermeiros mantêm diversas atitudes quanto ao envolvimento das famílias. Apesar de a investigação identificar vários preditores destas atitudes, a evidência ainda é escassa e dispersa na literatura científica. OBJETIVOS: analisar as competências desenvolvidas no estágio do curso de mestreado em Enfermagem Comunitária na área da Enfermagem de Saúde Familiar e identificar preditores das atitudes dos enfermeiros quanto à importância da família nos cuidados de enfermagem. METODOLOGIA: Efetuou-se uma análise crítica sobre as competências desenvolvidas em estágio e uma revisão sistemática da literatura. A revisão incluiu estudos analíticos publicados entre outubro de 2016 e setembro de 2021, que identificaram preditores das atitudes dos enfermeiros, recorrendo à escala Families’ Importance in Nursing Care – Nurses’ Attitudes e a análises de regressão. A pesquisa foi efetuada através dos motores de busca da B-ON e EBSCOHost, sendo os estudos triados de acordo com o Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analysis 2020 Statement. A qualidade metodológica foi aferida com a checklist de avaliação crítica para estudos transversais do Joanna Briggs Institute e os dados foram extraídos e resumidos em tabelas e na forma de síntese narrativa. RESULTADOS: O estágio permitiu desenvolver as competências do enfermeiro especialista em Enfermagem de Saúde Familiar. O acervo da revisão inclui 4 estudos, abrangendo um total de 1894 enfermeiros. Estes estudos apresentam uma considerável diversidade metodológica entre si. Os preditores mais consensuais foram o contexto de trabalho, as políticas centradas na família e a zona geográfica. CONCLUSÃO: As atitudes dos enfermeiros parecem variar com a zona geográfica, contexto de trabalho e políticas centradas na família. Contudo, a diversidade metodológica e a disparidade de resultados realçam a necessidade de mais investigação para fundamentar a prática clínica em enfermagem de saúde familiar e promover o desenvolvimento de competências específicas, particularmente o envolvimento das famílias nos cuidados de enfermagem.
- RELATÓRIO DE ESTÁGIOPublication . Carreira, Bruna Gouveia; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelEfetuou-se uma análise reflexiva quanto às competências do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde familiar desenvolvidas, tendo-se implementado uma revisão scoping (RS) para dar resposta à problemática, emergente, sobre a comunicação no relacionamento conjugal. Principalmente na maturidade e na velhice, a qualidade da comunicação no relacionamento conjugal, tem sido descrita como determinante para a saúde e o bem-estar psicológico e social, não apenas do casal, mas de toda a família (Costa, 2015). Trata-se de um estudo secundário, com pesquisa de artigos publicados no espaço temporal entre os anos 2003 e 2021. Para a pesquisa foram consultadas cinco bases de dados: EBSCO, MEDLINE complete e CINAHL complete, a B-ON, a SCIELO e Google Académico, tendo o acervo sido construído por 11 estudos, qualitativos. A qualidade metodológica foi aferida pela checklist de avaliação crítica para estudos transversais do Joanna Briggs Institute (2015). Objetivos: compreender a importância da comunicação no relacionamento conjugal e identificar quais as intervenções complexas do enfermeiro de família na promoção da comunicação no relacionamento conjugal. Resultados: Os enfermeiros identificam grande parte dos problemas de comunicação no relacionamento conjugal, porém consideram não estarem habilitados para atuar neste contexto, por falta de formação específica, sugerindo-se mais aprofundamento sobre o tema, tendo em vista o momento atual. O enfermeiro pode trabalhar em carácter preventivo, utilizando técnicas e estratégias que contribuem para a redução da tensão, medo, solução de problemas, treinos de comunicação verbal ou não-verbal. Também deve verificar quais as forças que mantêm o casal juntos, pois conhecer essas forças indica como o casal se irá comportar na terapia. Conclusão: O estágio permitiu o desenvolvimento gradual das competências comuns e específicas do Enfermeiro Especialista em Enfermagem de Saúde Familiar, preconizadas pela Ordem dos Enfermeiros. A RS permitiu concluir que perante a dualidade da comunicação conjugal, de resgatar, o enfermeiro especialista em saúde familiar, habilitado, pode funcionar como mediador, orientando o casal na descoberta dos seus recursos para comunicar eficazmente e viver de forma autêntica e saudável.
- Relatório de EstágioPublication . Domingues, Rita Silva; Barros, Teresa Madalena Kraus Brincheiro HüttelA família é um espaço privilegiado para aprender, constitui-se como base essencial de vida social (Alarcão, 2000), é uma rede complexa de laços fundamentalmente afetivos, influencia e é influenciada pela saúde e bem-estar dos seus membros (Wright & Leahey, 2011). O enfermeiro de família, na sua prática especializada, desenvolve um trabalho de parceria com a família numa abordagem sistémica, orientando-a para a maximização do seu potencial e de acordo com o seu projeto de saúde (Figueiredo, 2012). O presente relatório enquadra-se no 3º semestre do 2º ano do Curso de Mestrado em Enfermagem Comunitária na área Saúde Familiar conducente à atribuição do título profissional de Enfermeiro Especialista em Saúde Comunitária na área de Saúde Familiar e foi desenvolvido na USF Pedro e Inês em Alcobaça, em junho-julho de 2019. Na Parte I - Prática especializada em enfermagem de saúde familiar, pretendeu-se demonstrar o desenvolvimento das competências preconizadas pela Ordem dos Enfermeiros. Na parte II- Revisão Scoping - Enfermagem Transcultural – cuidar de indivíduos/ famílias imigrantes, desenvolveu-se uma revisão scoping com o objetivo de mapear a evidência quanto a alguns fatores promotores de enfermagem transcultural pelos enfermeiros de família junto de indivíduos/famílias imigrantes focando o conceito de Enfermagem Transcultural de Medeleine Leininger, o Modelo de Avaliação e Intervenção de Calgary e o Cuidado baseado nas Forças. Concluiu-se que alguns fatores facilitadores da prática de enfermagem transcultural junto de indivíduos/famílias imigrantes em contexto de cuidados de saúde primários são: a promoção de atitudes de empatia, humildade, aceitação, respeito, disponibilidade e sensibilidade associada a uma visão positiva da migração por parte dos profissionais; o desenvolvimento de unidades de saúde culturalmente recetivas, o recurso a modelos de competência cultural, nomeadamente o modelo de Campinha-Bacote; a utilização consciente da comunicação; a mobilização de mediadores interculturais e promotores de saúde; o estabelecimento de uma relação mais próxima com a comunidade; a elaboração de guias de saúde nos diferentes idiomas; o recurso à ferramenta VaKE e a utilização de modelos de avaliação que contemplem a cultura. Para superação de algumas barreiras identificadas importa, nomeadamente: o controlo da barreira linguística, cultural, de atitudes discriminatórias dos profissionais, da postura etnocêntrica e competências limitadas dos profissionais e também a dotação adequada de profissionais nos serviços.