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Na minha pesquisa artística desenvolvo uma pintura, cujo processo possui duas etapas: “Pintura Fotográfica” e “Pintura”. Designo de “Pintura Fotográfica” o processo de formação dos vários instantes da futura pintura. Quando este processo termina, obtenho a “Pintura” em si. A pintura gera-se no meio aquoso, e o seu resultado é produto da efemeridade de um processo de metamorfose. Este processo é feito num tanque de vidro com líquido resultante da fusão de materiais de pintura, tais como: acrílicos, aguarelas, ecolines, guaches; e materiais não associados à pintura, como por exemplo: molhos culinários, detergentes e bebidas. Para registar a acção que se desenvolve no meio aquoso de forma espontânea e natural, recorro à fotografia. Esta fixa os instantes que ocorrem no processo químico e que gera a metamorfose dos elementos. A este processo quero chamá-lo, no âmbito do meu trabalho, de “Pintura Fotográfica”. Ele deriva de duas acções – a fusão dos pigmentos com o meio aquoso (que é um processo natural de causa - efeito), e o processo fotográfico (que é acção mecânica e artificial) que regista a sequência dos instantes efémeros que está no gene da futura pintura. Estas duas acções são parte do meu processo pictórico artístico. A fusão dos pigmentos irá sedimentar-se no fundo do tanque. E será esta sedimentação que originará um pouco ao acaso a minha pintura. Ela surge do seguinte modo: antes de introduzir qualquer pigmento no recipiente, coloco no seu fundo uma lona para os pigmentos sedimentarem. As cores geradas na superfície dessa lona será a minha pintura. Fui desenvolvendo novos tanques para as pinturas, a que chamo de “Dispositivos de Pintura”. E desta forma surgiram objectos escultóricos do meu trabalho.
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Artes plásticas Pintura