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Abstract(s)
Introdução: A prática de exercício físico na infância é essencial para o desenvolvimento saudável, promovendo o aumento da massa óssea e muscular. No entanto, existe um risco de lesões, especialmente em atletas jovens no contexto da prática desportiva competitiva. O basquetebol é um desporto dinâmico que envolve diferentes exigências físicas, que requerem movimentos multidirecionais e de impacto e podem influenciar a ocorrência de lesões. Deste modo é fundamental analisar as características de cada atleta e investigar de que forma podemos diminuir a sua exposição aos diferentes fatores de risco.
Objetivos: O objetivo do estudo foi caracterizar atletas jovens federados na modalidade de basquetebol e analisar retrospetivamente as lesões ocorridas nas épocas de 2021/2022 e 2022/2023, de forma a verificar de que forma as características antropométricas e o desempenho em testes físicos podem estar relacionados com a ocorrência de lesões.
Metodologia: Foram incluídos no estudo 47 atletas do Núcleo de Desporto Amador de Pombal, entre os 12 e os 17 anos. Os dados foram recolhidos através de um questionário de autopreenchimento com o historial do atleta e o historial de lesões nas épocas em estudo e aplicação de um conjunto de testes físicos (Y-Balance Test, Countermovement Jump, T-Test, teste de sprint de 20 metros, Yo-yo Intermittent Recovery Test N1 e o back-saver-sit-and-reach-test). A análise de dados foi efetuada através do software SPSS, versão 29.0.1.0 (IBM), onde foram aplicados testes paramétricos e não paramétricos conforme a normalidade dos dados da amostra geral e ainda nos diferentes grupos, divididos entre grupos com lesão e sem lesão, e ainda grupos que relataram lesão da tibiotársica ou não.
Resultados: Os resultados mostraram maior prevalência de lesões ligamentares, nomeadamente na região da articulação tibiotársica, representando 55.5% das lesões registadas. O grupo que apresentou maior ocorrência de lesões anteriores foi o grupo onde se verificou o valor mais alto de índice de massa corporal (IMC). Na performance dos testes físicos foram encontradas diferenças entre grupos no valor composto do Y-Balance Test bilateralmente (p˂0.05) entre os grupos que apresentaram lesão na articulação TT e aqueles que não apresentaram e no teste de sprint de 20 metros e T-Test (p=0.012; p=0.037 respetivamente) entre os grupos que apresentaram lesões anteriores e os que não apresentaram. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas nos restantes testes físicos.
Conclusão: Na amostra em estudo, as características antropométricas e o desempenho em testes físicos tiveram algum impacto no desempenho físico e na propensão a lesões de jovens atletas de basquetebol nomeadamente o IMC, o Y Balance test o T-test e o teste de sprint. A caracterização e acompanhamento dos jovens atletas pode ser um fator chave para prevenir lesões através da identificação dos diferentes fatores de risco. O estudo reconheceu algumas limitações nomeadamente o número reduzido da amostra, propondo que estudos mais extensos devem ser realizados no futuro de forma a podermos generalizar os resultados obtidos para a população jovem portuguesa.
Description
Keywords
Atletas jovens Basquetebol Características Antropométricas Testes físicos Lesão desportiva Fatores de risco