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Authors
Abstract(s)
Partindo de um pensamento sobre os conceitos e as matérias que movem o meu trabalho artístico e de uma discussão sobre os efeitos dos agentes antropogénicos que moldam a nossa era, procurarei perceber possíveis respostas da arte para abordar estas questões e de que forma esta pode contribuir para a alteração da perceção e da consciência coletiva.
Irei apresentar a ideia de uma dinâmica simbiótica entre a experiência, o conhecimento e a construção do eu, através de um olhar mais atento sobre contribuições de Maurice Merleau-Ponty e de Hannah Arendt acerca da importância das aparências e dos sentidos, utilizando este pensamento simbiótico para definir uma estratégia para o fazer artístico e para um futuro de reconciliação com a terra.
Esta reflexão procura assim olhar para a obra de arte como espaço de experiência ou de transformação, revelando as semelhanças existentes com os processos presentes em tradições xamânicas e o seu impulso para a transformação da comunidade. Desta forma, irei destacar a importância da criação de obras de arte que interagem com os diversos sentidos, proporcionando uma experiência imersiva que valoriza o papel do visitante e que promove o autoconhecimento.
Apresentarei diferentes abordagens à construção da imersividade, tomando como referência o trabalho de artistas contemporâneos tais como como James Turrel, Olafur Eliasson e Anna Halprin. Artistas estes que exploram meios imateriais como o som, a luz, a água e o corpo na execução das suas obras, redefinindo o conceito de material e de observador, criando verdadeiras experiências sensoriais.
Ao longo desta reflexão identificarei a presença destes conceitos no meu trabalho e de que forma esta pesquisa proporcionou uma maior sensibilidade para explorar diferentes sentidos e produzir novas peças mais imersivas.
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Keywords
Arte imersiva Simbioceno Sensações Experiência Solastalgia Consciência