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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
O envelhecimento populacional exigiu das organizações
mundiais novas estratégias para manter o bem-estar na adultez
avançada. A adultez avançada constitui-se como uma fase do
desenvolvimento humano com caraterísticas multifacetadas,
influenciada por vários fatores, não só por fatores biológicos,
como psicológicos, sociais e culturais. Os centros de convívio
vocacionados para adultos em idade avançada, constituem-se
como lugares de promoção de desenvolvimento pessoal,
cognitivo, e de aprendizagem, contribuindo para o bem-estar
na adultez avançada. Neste contexto este estudo procura
responder à seguinte pergunta de partida “como é
percecionado, pelas mulheres que frequentam o Centro de
convívio, o seu bem-estar e de que forma essa frequência
contribuiu para esse bem-estar?”.
Para responder a esta questão definimos um conjunto de
objetivos: i) identificar as caraterísticas sociais, familiares e
demográficas das mulheres que frequentam os centros de
convívio; ii) identificar as aptidões de literacia emocional e de
regulação emocional das mulheres que frequentam os centros
de convívio; iii) identificar o bem-estar percecionado pelas
mulheres ao frequentar o centro de convívio e de que forma
este contribui para o seu bem-estar.
A metodologia utilizada neste estudo caso, insere-se no
paradigma quantitativo, selecionámos uma amostra de
conveniência constituída por 12 mulheres com idades
compreendidas entre os 53 e os 86 anos frequentadoras de um
centro de convívio, salientando que o centro de convívio, é
apenas frequentado por mulheres.
O processo de recolha de dados foi realizado por meio da
aplicação de quatro questionários. O questionário
sociofamiliar, com a finalidade de avaliar as variáveis
sociofamiliares; o Perth Emotion Regulation Competency
Inventory (PERCI) para avaliar a regulação emocional e a Escala
de Aptidões de Literacia Emocional (EALE), com o objetivo de
avaliar a aptidão de literacia emocional. Estas duas últimas
escalas tinham por objetivo aferir se o grau de regulação e
literacia emocional se encontra dentro da média, permitindo
uma melhor avaliação por parte da amostra da função do
centro de convívio, como fator de bem-estar. O questionário de
Autoperceção de Bem-Estar teve por finalidade perceber qual
a autoperceção deste grupo de mulheres sobre o seu bemestar.
Os resultados dos questionários foram analisados
estatisticamente, através da construção de tabelas no Excel, da
análise correlacional, da regressão linear e de tabelas de
frequência. Os resultados obtidos permitiram constatar que
estas mulheres apresentam uma boa literacia emocional e uma
boa regulação emocional, capacidade que permitiu avaliar a
importância dos centros de convívio para o seu bem-estar,
manutenção da vida ativa e perceção de um envelhecimento
inclusivo. Foi, ainda possível constatar que estas mulheres têm
na frequência do centro de convívio a principal ocupação fora
das suas lides domésticas, procurando esta resposta como uma
forma de combater a solidão, aprender e melhorar o seu bemestar,
proporcionando qualidade de vida e desempenhando
um papel fulcral na ressignificação do processo de
envelhecimento e da perda de papéis sociais.
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Keywords
Envelhecimento ativo Bem-estar emocional Envelhecimento Aptidões de literacia emocional