ESECS - Mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção Social
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- A MEDIAÇÃO INTERCULTURAL E INTRAPESSOAL NA CONSTRUÇÃO DE PROJETOS DE VIDA DE JOVENS ESTRANGEIROS NÃO ACOMPANHADOSPublication . Cascalho, Ana Sofia Bilhastre; Vieira, Ricardo Manuel das NevesNos tempos que correm, tem-se registado um aumento de diferentes movimentos migratórios como, por exemplo, permanentes, temporários, laborais, familiares e forçados, que originaram um aumento da diversidade de grupos existentes na sociedade nacional. Neste sentido, para além da diversidade que se encontrava em cada sociedade, derivada de diferentes faixas etárias, géneros e classes, é possível encontrar outros tipos de diversidade, nomeadamente a nacionalidade, a étnico-cultural, entre outros. É necessário compreender que as identidades deixaram de se encontrar exclusivamente ligadas aos marcadores tradicionais, transformando-se em identidades dinâmicas e mestiças, que se alteram com o passar do tempo e nos diversos contextos (Marques, Vieira & Vieira, 2020). As crianças e jovens estrangeiros não acompanhados representam um importante nível dos fluxos migratórios, ou seja, da violação dos direitos humanos, da falta de acesso à educação, dos conflitos, entre outros. Assim, como estas crianças e jovens possuem idades inferiores aos 18 anos, é necessário providenciar-lhes proteção, e como tal, têm sido desenvolvidas e implementadas diversas iniciativas e medidas, bem como, criadas respostas sociais que promovam os seus direitos e proteção e salvaguardem o seu bem-estar e desenvolvimento integral (Pereira, 2021). A mediação intercultural representa uma privilegiada estratégia para abordar contextos multiculturais, como é o caso do acolhimento de crianças e jovens estrangeiros não acompanhados, uma vez que, adota uma perspetiva de interculturalidade que se desenvolve “[…] num campo de ação muito mais amplo, completando o aspeto relacional (comunicação e interação) com uma configuração transformadora […]” (Marques, Vieira & Vieira, 2020, p. 23). Esta transformação decorre da compreensão de ambas as partes e do conhecimento profundo do outro, favorecendo um diálogo entre pessoas diferentes, que apresentam diferentes culturas, histórias, opções e projetos de vida. O desenvolvimento e a construção identitária para além de decorrerem de múltiplos processos relacionais, também são resultado de processos intrínsecos, ou seja, intrapessoais (Costa, Vieira & Santos, 2018). Assim, a mediação intrapessoal possibilita um espaço que prioriza a experimentação, simulação e educação para a convivência (Pinto, 2023), onde as crianças e jovens estrangeiros não acompanhados podem colocar em diálogo o seu passado e presente (Vieira, 2009). A fim de compreender a gestão identitária e a construção de projetos de vida de crianças e jovens estrangeiros não acompanhados, bem como o papel da mediação intercultural e intrapessoal nos mesmos, entrevistei três jovens acolhidos na Casa de Acolhimento Especializado, da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré e a diretora técnica dessa resposta social.
- A Mediação Intercultural nas Equipas de RuaPublication . Gordo, Vanda Sofia Antunes; Margarido, Cristovão Adelino Fonseca Franco RibeiroEsta dissertação explora o papel da mediação intercultural no contexto das equipas de rua, centrando-se nas dinâmicas e desafios enfrentados por três instituições situadas nos arredores de Leiria: a ANOII - Associação Novo Olhar II, na Marinha Grande a Cáritas Diocesana de Coimbra, em Coimbra e a InPulsar - Associação para o Desenvolvimento Comunitário, em Leiria. A mediação intercultural é uma prática essencial para promover a compreensão e a cooperação entre grupos culturais diversos, especialmente em contextos sociais vulneráveis. A intervenção de equipas de rua, que desempenham um papel crucial no apoio a populações marginalizadas, pode ter um impacto significativo recorrendo a estratégias de mediação intercultural, influenciando tanto a qualidade do suporte prestado quanto a eficácia das intervenções realizadas. As equipas de rua são responsáveis por oferecer suporte direto a indivíduos em situações de vulnerabilidade, facilitando o acesso a serviços essenciais e promovendo a inclusão social. Nesse contexto, a mediação intercultural revela-se uma ferramenta fundamental para garantir que as intervenções sejam sensíveis às especificidades culturais dos utentes, contribuindo para uma integração mais efetiva e um suporte mais adequado às necessidades dos indivíduos assistidos. O objetivo geral desta pesquisa é compreender as práticas de mediação intercultural e avaliar a sua importância nas intervenções realizadas por equipas de rua. Para alcançar esse objetivo, a pesquisa debruça-se sobre várias questões específicas. Primeiramente, busca-se investigar se as equipas de rua das associações ANOII, Cáritas e InPulsar utilizam estratégias de mediação intercultural durante suas intervenções. Além disso, a pesquisa examina se são valorizados parâmetros como a escuta ativa, a negociação e o diálogo nas relações entre utentes e técnicos, bem como entre as instituições envolvidas. Outro aspeto relevante é descrever como os contactos dos utentes com essas instituições são estabelecidos e mantidos, além de analisar as opiniões de técnicos e utentes sobre o uso das estratégias de mediação intercultural. Por fim, a pesquisa procura compreender o funcionamento das intervenções das equipas de rua dessas associações. As técnicas de recolha de dados são de índole qualitativa, com foco em entrevistas semiestruturadas como principal ferramenta de recolha de dados. Esta abordagem foi escolhida para permitir uma exploração profunda das experiências e perceções de profissionais e utentes, das três instituições. As entrevistas foram realizadas com uma amostra representativa de profissionais das equipas de rua e de utentes das associações ANOII, Cáritas e InPulsar. O objetivo era obter uma compreensão abrangente das práticas de mediação intercultural e dos desafios enfrentados no trabalho de rua. Os resultados da pesquisa revelam uma variedade de perspetivas sobre a eficácia e os desafios da mediação intercultural nas equipas de rua, onde se observam que apesar das divergências da utilização das práticas da mediação intercultural, as instituições referem de igual forma que estas práticas assumem um papel importante na promoção da comunicação, da cooperação e da integração entre diferentes culturas, reduzindo tensões e resolvendo conflitos que podem surgir devido às diferenças culturais.
- A(voz) e NetosPublication . Ferreira, Ana Sofia Marques; Margarido, Cristovão Adelino Fonseca Franco RibeiroA pluralidade de culturas que caracteriza a sociedade portuguesa pode trazer-nos um conjunto de aprendizagens positivas e benéficas para o nosso desenvolvimento e para uma melhor compreensão do outro pois “Há uma transformação do eu sempre que se aprendem novos conhecimentos, seja na escola, seja nos diversos contextos culturais” (Vieira e Vieira, 2016:37). A mediação intercultural procura intervir mostrando a importância da criação de alternativas à resposta quase imediata para o que surge de diferente: incompreensão e tolerância. É preciso aprender a conviver e a mediação é “ o acto de tecer laços entre as pessoas por mais distintas que possam, à primeira vista, parecer” (Montenegro, 2008: s.p). Tendo estes pressupostos em consideração, o trabalho realizado no estágio teve como meta potenciar atividades musicais como promotoras de mediação intercultural. Procurando perceber de que forma a música poderia ser um meio de promover a mediação intercultural, foram realizadas um conjunto de atividades com o objetivo de fomentar a interação entre crianças e idosos, utilizando a música como elemento chave de ligação/estabelecimento de pontes (Torremorell, 2008). Através da realização destas atividades, pudemos constatar que estas se constituíram como fulcrais para a aproximação destas duas populações. Este trabalho encontra-se dividido em três partes fundamentais: 1 - enquadramento teórico, 2 - enquadramento metodológico, 3 - enquadramento institucional e atividades desenvolvidas. Inicia com uma introdução e termina com uma reflexão final.
- Acolhimento e inclusão de alunos e famílias provenientes de contextos culturais e étnicos diversos em escolas do município de LisboaPublication . Deus, Joana Aleixo; Margarido, Cristovão Adelino Fonseca Franco RibeiroEste projeto nasce da vontade de responder a desafios com os quais me tenho deparado ao longo de vários anos, no meu dia a dia de trabalho, nas escolas no município de Lisboa, em particular com alunos e famílias imigrantes. Tenho o privilégio de colaborar com a Associação Renovar a Mouraria, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento de utilidade pública, dedicada à promoção da inclusão e apoio a comunidades migrantes, sendo fundamental para a construção deste projeto. O conhecimento adquirido através do trabalho na Associação Renovar a Mouraria tem alimentado a minha determinação em desenvolver um projeto de intervenção, em contexto escolar, que aborde as necessidades específicas das comunidades provenientes de contextos étnicos e culturais diversos, contribuindo para a construção de escolas mais inclusivas no município de Lisboa. O projeto prevê a criação de um programa de formação dirigido a pessoal docente e não docente, com foco no acolhimento e inclusão de alunos e famílias provenientes de contextos culturais e étnicos diversos, em escolas do município de Lisboa. Para isso, foi necessário construir um diagnóstico cujo objetivo foi conhecer as práticas do pessoal docente e não docente e as necessidades de alunos e famílias que provêm de contextos culturais e étnicos distintos, relativamente ao processo de acolhimento e inclusão em escolas do município de Lisboa. Mais concretamente o diagnóstico pretendeu caracterizar as práticas de acolhimento e inclusão de alunos e famílias que provêm de contextos culturais e étnicos distintos em escolas do município de Lisboa e, conhecer as necessidades desses alunos e famílias no que respeita às práticas de acolhimento e inclusão em escolas do município de Lisboa. Neste relatório, é feito um enquadramento teórico da problemática do projeto, bem como são apresentados os resultados do diagnóstico social realizado, identificando as principais problemáticas, necessidades e expectativas, e, por último, é apresentada a proposta de intervenção. A metodologia adotada apresenta-se como participativa, pois incentiva o envolvimento dos participantes em todas as fases da construção do projeto, promovendo a participação ativa do grupo-alvo, e estimulando a reflexão crítica e a transformação das práticas, numa abordagem interativa.
- ADOLESCENTES E JOVENS EM SITUAÇÃO DE TOXICODEPENDÊNCIA NA CIDADE DE BISSAUPublication . Cabral, Anorfan Sanquinha; Marques, José Carlos LaranjoA presente investigação científica foca-se, por um lado, na compreensão do fenómeno da toxicodependência, uma problemática de saúde pública, particularmente relevante face ao aumento do consumo de substâncias ilícitas por adolescentes e jovens, verificado recentemente na cidade de Bissau. Por outro lado, procura analisar as ações realizadas pelas organizações governamentais e não governamentais, assim como a sua mediação sociocomunitária na sensibilização acerca dos malefícios associados ao uso de drogas. Além disso, são discutidos o conceito de adição e os diferentes tipos de substâncias (drogas) que circulam na cidade de Bissau, assim como os vários tipos e níveis de dependência. A investigação também explora os efeitos sociais negativos que afetam os indivíduos dependentes, frequentemente levando à sua exclusão social e comunitária. O método utilizado para esta investigação é qualitativo, enquadrandose no paradigma interpretativo. As técnicas de investigação incluem as entrevistas semiestruturadas realizadas no terreno. Os principais resultados deste trabalho demonstram que o tráfico de droga e a instabilidade política são fatores que contribuem significativamente para o aumento do consumo de estupefacientes. Além disso, a desigualdade social, a falta de oportunidades educacionais e profissionais, e a precariedade do sistema de ensino também se revelam como impulsionadores desse consumo. O ambiente familiar, agravado pela exclusão social, dificulta o processo de recuperação e reintegração social. Por último, a limitação e falta de recursos das ONGs comprometem a eficácia dos seus trabalhos na luta contra este problema.
- Alunos, famílias, escola e comunidade: sujeitos e mediações O GAAF como campo de possibilidade(s) para a mediação interculturalPublication . Simões, Patrícia Lopes; Vieira, Ana Maria de Sousa NevesA Escola é hoje o espaço social por excelência. Daí que se afigure como uma oficina privilegiada de (re)construção de identidades (Vieira, R., 2009), como um ateliê da diversidade social, espelho da sociedade em que está inserida, reconhecendo-se, portanto, como o seu microcosmos (Vieira, A., 2013). Com a transformação da Escola num espaço universal e obrigatório para todos, surgem, inevitavelmente, metamorfoses que lhe exigem novos papéis. Com efeito, a criação de Territórios Educativos de Intervenção Prioritária (TEIP) contextualiza a emergência de novos atores, em particular, o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família (GAAF). Afigurando-se a mediação intercultural como caminho para entender, catalisar, empoderar e transformar essa diversidade, importa conhecer em que medida o GAAF pode constituir-se como campo de possibilidade(s) para a mediação intercultural entre alunos, famílias, escola e comunidade. Reconhecendo, a priori, a complexidade do nosso objeto de estudo, privilegiámos o paradigma hermenêutico, compreensivo, de descoberta, defendendo a sua complementaridade (Boavida e Amado, 2006), assumindo uma metodologia compósita, politeísta (Bourdieu, 1992). Assim, como universo de análise da nossa investigação, escolhemos um Agrupamento de Escolas do distrito de Leiria, que, enquanto TEIP, incorpora um GAAF desde o ano letivo 2012/ 2013. De facto, importa conhecer, compreender e interpretar as representações que o sujeito (per si complexo) em estudo manifesta. Adotámos, por isso, como método, o estudo de caso etnográfico (Stenhouse, 1994, in Amado, 2014). Quanto às técnicas de recolha da informação (Bell, 2010; Amado, 2014), elegemos três, designadamente, a análise documental, a observação participante e a entrevista individual semiestruturada (entrevistámos três alunos, três encarregados de educação, uma psicóloga, um técnico de serviço social, o diretor do Agrupamento, três professores e três parceiros da comunidade, perfazendo um total de 15 entrevistas). A estada no terreno foi reveladora, permitindo-nos concluir que, não obstante a demora na visibilidade de resultados imediatos, intrínseca a qualquer projeto social, o GAAF pode, efetivamente, constituir-se como um campo de possibilidade(s) para a mediação intercultural entre alunos, famílias, escola e comunidade, na medida em que se afirma como prática catalisadora, com dinâmicas transformadoras e empoderadoras da(s) diversidade(s) que habita(m) a Escola contemporânea.
- Associação Humanitária da Barosa : Um Lar com Vida(s)Publication . Bernardo, Andreia Filipa Rosa; Vieira, Ricardo Manuel das NevesO envelhecimento demográfico e humano representa um fenómeno singular para a humanidade e coloca múltiplos desafios à sociedade portuguesa contemporânea. É, neste sentido, que urge compreender se a sociedade atual está preparada para olhar para o envelhecimento da população como um processo natural e não como uma “patologia” ou “fardo” pesado para si e para as famílias. Como tal, torna-se premente analisar o envelhecimento demográfico a partir de uma reflexividade onde o cuidar de idosos vá além de uma dimensão objetiva e seja feito de uma forma mais subjetiva, humana, dialogante e mediadora (Costa, 2002, Antunes, 2017, Moura, 2017), de modo a que as pessoas sejam consideradas como sujeitos e não como objetos (Vieira, R. 2014a). De facto, a presente dissertação debruça-se sobre o modo como são cuidados os idosos em contexto institucional. Com as alterações nos modos de vida das famílias, estas encontram na institucionalização a única solução viável sendo necessário alertar para a importância do papel da família e das relações sociais do idoso no seu processo de adaptação e integração na instituição. Emerge o papel vital da mediação para uma intervenção humanizada com idosos. Deste modo, importa compreender se existem efetivamente práticas de mediação intercultural, por parte das profissionais do lar Associação Humanitária da Barosa, com as famílias de onde provêm os idosos, como, também, no tratamento e intervenção com os utentes compreender se é feito ou não tendo em conta as suas preferências, os seus gostos, as suas características particulares. Assim sendo, a intervenção mediadora em contexto de lar implica um trabalho de relação feito a partir da identidade pessoal dos idosos (Viegas, 2007; Vieira, R., 2009). Considerando a complexidade inerente ao objeto deste estudo privilegiei o paradigma hermenêutico, interpretativo, de descoberta,(Faria & Vieira, 2016; Guerra, 2006), que investiga os sujeitos no seu contexto natural de vida (Vieira, Marques, Silva et al., 2016). Neste âmbito, é fulcral compreender e interpretar os seus gostos, opiniões, comportamentos, conduzindo a que esta investigação seja alimentada, sobretudo, por um paradigma etnográfico de estudo de caso (Stenhouse, 1994, in Amado, 2014). Quanto às técnicas de recolha da informação recorri à análise documental, à observação direta e observação direta participante (Pais, 2006; Clifford, 2002) e a entrevistas individuais semiestruturadas de cariz etnográfico e etnobiográfico (Vieira, 2014b; Faria & Vieira, 2016) ou entrevistas como “conversas” (Burgess, 1997). Mediante isto, foram entrevistados a diretora técnica do lar, a animadora sociocultural, 4 idosos e 1 familiar. As visitas constantes ao campo de estudo e as conversas aprofundadas que fui estabelecendo com os sujeitos desta investigação permitiramme concluir que há efetivamente práticas de mediação no sentido de buscar o empoderamento dos utentes e de os cuidar de uma forma personalizada. São manifestas neste lar práticas potenciadoras de um bem-estar e qualidade de vida subjetivos para o idoso e para a construção dos seus projetos futuros.
- Biblioteca ativaPublication . Coelho, Catarina Susana Inácio; Vieira, Ricardo Manuel das NevesA presente dissertação relata os resultados de uma pesquisa referente ao estudo de caso sobre um Programa de Ocupação de Férias de Verão para crianças e jovens dos 11 aos 15 anos realizado a partir de uma atividade de animação de leitura. Foi objetivo deste estudo entender as motivações e alterações comportamentais dum grupo de jovens utilizadores da Biblioteca Municipal da Batalha face a uma atividade de animação de leitura, inserida no programa intitulado “Biblioteca Ativa”. A “Biblioteca Ativa” foi um programa de Ocupação de Férias de Verão direcionado ao público infantojuvenil, promovido pelo Município da Batalha e desenvolvido pela Biblioteca Municipal, no ano de 2018, que proporcionou a 50 jovens participantes diversas atividades lúdicas, culturais e desportivas, durante os meses de julho e agosto. No que se refere aos participantes neste programa, importa destacar que num total de 50 dos inscritos, mais de metade correspondia a um grupo de jovens cujo papel observado diariamente pelas técnicas da biblioteca era o de constantes entradas e saídas do espaço da biblioteca e manifesto desinteresse por quaisquer atividades anteriormente realizadas, associadas ao livro e à leitura. Dado o facto deste programa ter sofrido alterações de última hora, um dos dias calendarizado sofreu modificações e as atividades agendadas para o dia inteiro concentraram-se apenas no tempo da manhã, havendo a necessidade de recorrer a um “plano b” para ocupar o tempo da tarde. É neste “plano b” que surge uma dinâmica de grupo, compreendendo uma atividade de animação de leitura, envolvendo o grupo dos participantes, dinâmica que é analisada neste estudo. A investigação procurou compreender aqueles jovens que em determinada atividade de animação de leitura se revelaram, de repente, bastante diferentes dos restantes. Com a elaboração de um trabalho de campo com observação direta participante e posteriormente com a realização de um focus-group (FG), com estes jovens, pretendi, de uma forma holística, aceder ao seu quotidiano, e aos seus pontos de vista sobre o que aconteceu naquela dinâmica, permitindo dar voz aos participantes nesta atividade.
- Capacitação e acompanhamento de dirigentes de intervenção socialPublication . Pereira, Válter Manuel Gaspar da Silva; Santos, Rui Miguel DuartePara além de vir a ser objeto de avaliação com vista à obtenção do grau de mestre, o presente projeto tem como meta fomentar uma naturalização gradual, ajustável e consciente do paradigma da interculturalidade nas práticas de intervenção social das instituições do terceiro setor. Como sabemos, em Portugal, juntamente com o estado, a intervenção social é, em grande medida, levada a cabo pelas organizações da economia social. Nesse sentido, creio que será oportuno e pertinente introduzir no debate técnico-científico a aplicação de práticas de direção e gestão que observem e promovam a implementação da mediação intercultural como guia metodológico para uma ação mediadora entre instituições, respostas e projetos sociais e os seus respetivos públicos. Assim, o objetivo centra-se na capacitação e no acompanhamento para a sustentabilidade. Penso que poderemos com facilidade assumir que deste fator depende diretamente a sobrevivência das organizações e a prossecução da intervenção social enquanto objetivo comum de todo o setor. Porquanto, dar voz a quem está no terreno, através da distribuição de um questionário é, necessariamente, o ponto de partida para a construção de propostas de capacitação sobreponíveis com as necessidades identificadas por 210 dirigentes que colaboraram e reponderam a um questionário. As principais áreas, de uma forma inequívoca, apontam para o desenvolvimento de competências de gestão, as quais são cada vez mais indispensáveis para a “boa saúde” das instituições e, consequentemente, para a qualidade dos serviços prestados e para o benefício dos seus destinatários. O desafio que emerge é a elaboração de um plano de formação/capacitação desenhado para dirigentes do terceiro setor, introduzindo uma metodologia de ações de acompanhamento no terreno com vista a facilitar aprendizagens relevantes para as funções de direção e gestão integrados nos princípios orientadores da meta referida inicialmente.
- Centro Social Mar AzulPublication . Loureiro, Leonor Graça; Silva, Pedro de Carvalho daO presente relatório de estágio, desenvolvido no âmbito do 2º Ano do Mestrado em Mediação Intercultural e Intervenção Social, da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais do Instituto Politécnico de Leiria, tem como finalidade compreender o funcionamento e a respetiva direção técnica de uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), bem como perceber quais as ferramentas de trabalho e qual a melhor forma de as utilizar perante as valências existentes nesta instituição. As atividades executadas integraram todas as valências da instituição: Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas (ERPI), Centro de Dia, Serviço Domiciliário e Creche. O estágio está foi realizado no Centro Social Mar Azul (nome fictício), uma IPSS, situada no concelho da Figueira da Foz, cuja finalidade é a promoção do desenvolvimento de respostas sociais direcionadas para pessoas idosas e crianças, tendo as quatro valências acima identificadas. O relatório de estágio encontra-se dividido em três grandes capítulos: o primeiro diz respeito ao enquadramento teórico; o segundo capítulo diz respeito ao local de estágio (caracterização da instituição e áreas de trabalho da mesma); e o terceiro capítulo diz respeito às metodologias e dinâmicas utilizadas e executadas ao longo do recorrer do estágio; por fim, será elaborada uma conclusão reflexiva.
