ESSLei - Mestrado em Fisioterapia - Área de Especialização em Fisioterapia Pediátrica
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Browsing ESSLei - Mestrado em Fisioterapia - Área de Especialização em Fisioterapia Pediátrica by Subject "Bronquiolite Viral Aguda"
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- CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO E MÉTODOS DE INTERVENÇÃO DE FISIOTERAPIA EM CRIANÇAS COM BRONQUIOLITE: UM INQUÉRITO EM PORTUGALPublication . Mendes, Jéssica Lopes; Cruz, Joana Patrícia dos Santos; Faustino, Raquel Maria de Carvalho; Silva, Cândida Susana Gonçalves daIntrodução e objetivos: As orientações nacionais, Direção Geral da Saúde (DGS), e internacionais, American Academy of Pediatrics (APP), não recomendam a fisioterapia respiratória em crianças com bronquiolite viral aguda (BVA); no entanto, estas orientações baseiam-se, na sua maioria, em técnicas desatualizadas (percussão e vibração). Estudos recentes sugerem a necessidade de critérios de avaliação específicos, como o score de Wang, para suportar a intervenção do fisioterapeuta e demonstram que técnicas de intervenção baseadas na modulação de fluxos têm efeitos positivos na redução de sibilâncias, normalização do score de Wang, da frequência respiratória e aumento da saturação periférica de oxigénio (SpO2). Apesar de em Portugal existir um grande número de profissionais a trabalhar nesta área, desconhece-se que critérios de avaliação e técnicas de intervenção utilizam. Este estudo teve como objetivo identificar os critérios e métodos utilizados pelos fisioterapeutas que tratam crianças com BVA. Como objetivo secundário, o estudo pretendeu verificar se há associação entre os critérios e as técnicas utilizados com fatores como a idade, anos de experiência profissional, formação especializada, prática baseada na evidência, bem como a idade das crianças e a gravidade da BVA. Metodologia: Foi realizado um inquérito online em Portugal, divulgado através de instituições de ensino, redes sociais e emails direcionados a fisioterapeutas que se encontravam a trabalhar nesta área, identificados através da rede de contactos da equipa. Foi realizada estatística descritiva dos dados recolhidos e testes de qui-quarado e Fisher para avaliar associações entre as variáveis sociodemográficas, de formação, gravidade da BVA, critérios de avaliação e técnicas de intervenção. Resultados: Foram incluídos 60 participantes (90% mulheres, 65% com idade igual ou inferior a 39 anos, 83,3% com formação específica na área). Os critérios de avaliação que os fisioterapeutas mais utilizam foram sinais de dificuldade respiratória (98,3%), auscultação pulmonar (96,7%), condição geral da criança (95%), frequência respiratória (70%) e SpO2 (58,3%). Relativamente à intervenção, 80% dos fisioterapeutas utilizavam a técnica expiração lenta prolongada e 68,3% aumento do fluxo expiratório. A maioria (70%) reportou utilizar evidências científicas para suportar a prática. Houve associações significativas entre a prática baseada na evidência e a condição geral da criança (p=0,024) bem como a menor utilização de técnicas como vibração (p=0,034) e glossopulsão retrógrada (p=0,044), especialmente entre fisioterapeutas com menos experiência. A desobstrução rinofaríngea retrógrada (p=0,007) foi mais usada por profissionais com formação específica e em casos de BVA moderada, enquanto o uso de broncodilatadores (p=0,037) foi menos frequente entre fisioterapeutas com menos de cinco anos de experiência. Conclusão: O estudo revelou que grande parte dos fisioterapeutas em Portugal apresenta uma prática baseada na evidência. No entanto, os critérios de avaliação e de intervenção ainda não são consensuais na prática de fisioterapia respiratória em crianças com BVA.