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- Identidade de género da marca: O impacto da androgeneidade da marca na intenção de compraPublication . Matos, Ana Sofia Mendes; Ferreira, Alcina Teresa Gaspar; Marques, Maria Gorete CostaA identidade de género dos consumidores assume cada vez mais mudanças significativas que se refletem no paradigma social e, consequentemente, nas marcas que atuam no mercado. As alterações de género caminham no sentido de um maior distanciamento e desfasamento daquelas que eram convencionalmente as características associadas aos géneros tradicionais feminino e masculino. Este desfasamento deve-se essencialmente às alterações nos papéis de género originárias da emancipação feminina. Os géneros assumem assim diferentes representações nos mais variados contextos como na família, no mundo do trabalho e também nas suas escolhas enquanto consumidor. O presente estudo elucida sobre a evolução da identidade de género no consumidor e nas marcas e a sua relevância no mercado de consumo. Assume como foco principal as marcas andrógenas tendo como variável moderadora a identidade de género do consumidor, realçando as suas consequências no apelo da personalidade da marca e na intenção de compra deste género de marcas. Este estudo é de cariz quantitativo, realizado com base num questionário, e uma amostra final de 204 consumidores residentes em Portugal. Com base na amostra foram testadas as hipóteses de investigação com recurso a modelos de equações estruturais. Os resultados obtidos levam-nos à conclusão de que as dimensões de género das marcas e dos seus consumidores são importantes para o apelo da personalidade da marca, consequentemente, para a intenção de compra. No presente estudo, quanto maior o nível de androgeneidade da marca e do consumidor maior o apelo da personalidade da marca e maior a intenção de compra da mesma. Tendo por base estes resultados, são apresentadas recomendações estratégicas às marcas, no sentido de estas terem em consideração a sua identidade de género, dotando-se de características femininas e masculinas de acordo ou em consenso com a identidade dos seus consumidores.
- Gracilaria gracilis as a novel source of food colorants: extraction optimization of phycobiliprotein pigmentsPublication . Pereira, Tatiana Filipa Martins; Silva, Maria Manuel Gil de Figueiredo Leitão e; Mendes, Susana Luísa da Custódia Machado; Baptista, Teresa Maria CoelhoOs corantes alimentares sintéticos têm sido utilizados na indústria alimentar durante séculos, mas hoje em dia com a mudança das tendências de consumo, existe uma grande procura por alternativas naturais com capacidade de substituir esses corantes. As ficobiliproteinas (PBPs) são proteínas solúveis em água presentes maioritariamente nas algas vermelhas e cianobactérias, com grande potencial económico nas indústrias farmacêuticas, biomédicas, alimentares e cosméticas. Estas proteínas podem ser classificadas em três grupos principais, baseados no seu comportamento de absorção: Ficoeritrinas (PE), Ficocianinas (PC) e Aloficocianinas (APC) com máximos de absorção entre os 540-570, 610-620 e 650-655 nm, respetivamente. Este trabalho tem como objetivo principal otimizar as condições de extração das PEs a partir da alga vermelha Gracilaria gracilis, presente na costa portuguesa que contém PBPs, principalmente PEs, como pigmentos acessórios, sendo uma alga principalmente utilizada como alimento e fonte de agar. Adicionalmente, foi estudado o efeito do pH e da temperatura na estabilidade dos extratos aquosos, bem como a sua aplicação em produtos alimentares. Foram estudadas cinco metodologias distintas, com elevado potencial em termos económicos e ambientais: maceração com almofariz, banho de ultrassons, sonicador, congelamento/descongelamento e altas pressões. As condições experimentais, tais como a concentração do tampão fosfato (C), o rácio solvente/biomassa (R), o tempo de homogeneização (t1), o tempo de extração (t2) e a pressão (P) foram otimizadas utilizando a Metodologia de Superfície de Resposta (RSM). Esta permitiu delinear modelos sustentados nas variáveis independentes e explicar a variabilidade que ocorre nos parâmetros considerados significativos (rendimento). A maceração foi o método de extração mais eficiente (condições ótimas t1 = t2 = 10 min; C = 0,1 M; R = 1:50) atingindo valores de 3,583 ± 0,033 mg de PE/g de alga rendimentos 55-65 % superiores aos outros métodos testados. Quanto às condições, a variável t2 foi a que exerceu maior influência no rendimento obtido, enquanto o aumento de C resultou em menores rendimentos. t1 foi a avariável que menos efeito teve no resultado. Relativamente à estabilidade, foi monitorizado o efeito de diferentes temperaturas de armazenamento (-20, 4, temperatura ambiente (~19) e 40 ºC) e pH (4, 6,9 e 8) na concentração de PE durante 10 dias. Os resultados demonstram maior estabilidade a -20 ºC e pH 6,9. Como caso de estudo, o extrato purificado (pigmento) foi incorporado em panquecas (0,15 %) e iogurtes (0,12 %) como corante rosa. As PEs foram precipitadas com sulfato de amónio (65 %) e purificadas por diálise, permitindo a utilização em alimentos. Durante o processo de cozimento das panquecas, foi observada uma ligeira perda de cor, enquanto nos iogurtes a cor manteve-se praticamente inalterada durante mais de dois meses, sugerindo uma melhor aptidão deste tipo de produto para a coloração com PEs. Com este trabalho foi possível concluir que a Gracilaria gracilis tem potencial enquanto fonte de pigmentos para aplicações alimentares, especialmente para utilização em produtos que não necessitem de elevadas temperaturas no processo de produção.