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- Interzone : experiências corpo a corpoPublication . Lopes, André Ribeiro; Baraona, Maria Isabel Gallis Pereira; Poeiras, Fernando Manuel PenitênciaEscolhi este título para o meu documento escrito uma vez que situa e caracteriza, na sua essência, o meu trabalho plástico, como um layer intermédio subjacente, fruto de duas áreas distintas, contudo inevitavelmente férteis. Neste caso, esta relação recíproca patente no título, interliga desporto e arte. A Interzone caracteriza a minha procura em torno de uma materialização artística; a origem da palavra tem lugar na obra do cineasta David Cronenberg, cujo filme Naked Lunch é inspirado no romance publicado em 1959 por William Burroughs. Aqui o acesso à Interzone, (uma zona imaginária e real) é favorecido através da falha, da queda ou do erro, como incentivo e inspiração para a prática artística. A escolha deste título para o meu texto é deste modo essencialmente baseada em volta do erro, queda e falha, ideias estas intrínsecas à experiência, que impregnam e definem a Interzone como um lugar produtivo de experimentação transversal ao meu trabalho. Este texto surge como uma tentativa de documentar a minha experiência da inter-relação entre arte e desporto, sendo que este último serve de inspiração produtiva para a minha prática artista. Este processo estabelece ainda uma lógica do encontro onde o resultado é o meu trabalho, equacionando 1+1=3.
- A doçura da angústiaPublication . Veríssimo, Olga Silva; Rama, Samuel José TravassosAs temáticas abordadas neste presente documento estão relacionadas com a questão do belo e do feio, a melancolia, a questão do vazio e vanitas assim como a aceitação da perda; em soma, da relação do sujeito com a ideia de finitude. É abordado o corpo como natureza morta literal, enclausurando o tempo e a morte numa encenação grotesca, o que potenciou posteriormente outra série de repetição de moldes sobre o corpo. O intuito não foi reproduzir o cadáver, mas sim representar a ausência do mesmo. O vazio permanece, acentuando a ausência vs presença, permitindo assim uma introspeção dos assuntos que se ligam intimamente (ou subjetivamente) a cada observador. Na representação de vanitas, a reprodução de naturezas mortas convida o observador a uma reflexão imediata sobre a mortalidade e a inutilidade dos bens e prazeres mundanos, através do uso de objetos simbólicos. É abordado ainda a questão do tempo e do seu termo – em como a vida é fugaz e a morte, aparentemente eterna. O informe foi explorando através do confronto ambíguo entre algo que nos é intrínseco, ao naturalismo do ser, mas que se torna em simultâneo repulsivo. São utilizados excertos abstratos, enaltecidos pela sua plasticidade visceral e orgânica, oscilando entre o vivo e o morto, a repulsa e a conexão. A noção de feio que nos remete à nossa insuficiência, fragilidade e imperfeição, e a noção de belo, do que é agradável e polido, estão presentes como suporte contínuo de enquadramento do trabalho desenvolvido, sustentado por referências teóricas aos temas apresentados.