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- A relação entre os valores culturais e o amor ao dinheiro: um estudo em Portugal e EspanhaPublication . Gilmartín, Sónia Redondo; Marques, Tânia de Matos GomesAtualmente, vivendo-se na era da globalização e envoltos no capitalismo, as relações a vários níveis e entre diferentes culturas são permanentes e intensas. Assim, urge dedicar atenção à importância que os indivíduos atribuem ao dinheiro em diferentes contextos culturais. Apesar de existirem diversos estudos sobre estes dois temas separadamente, muito poucos se dedicaram a estudá-los em conjunto. Neste estudo, foi realizado um questionário com o objetivo de medir a relação que existe entre os valores culturais e o amor ao dinheiro a indivíduos espanhóis e portugueses, obtendo-se uma amostra final válida de 613 indivíduos. Usaram-se várias técnicas estatísticas, nomeadamente análise cluster, fatorial e regressão, concluindo-se que Espanha e Portugal são dois países muito similares e, portanto, o amor ao dinheiro é atribuído segundo os valores culturais de cada nacionalidade, e, neste estudo, de acordo com uma cultura Ibérica. Pelo contraste das cinco hipóteses deste estudo, todas elas foram corroboradas, denotando a existência de relações significativas. Quanto à influência da distância ao poder no fator motivador, foi observado que quanto mais os indivíduos aceitem a distinção de poder entre as classes da sociedade, mais o dinheiro vai funcionar como motivador para as pessoas dessas culturas. No que concerne à distância ao poder e maldade, foi observado que as pessoas quando têm poder tendem a realizar atos antieticos. No que concerne à masculinidade e sua influência no fator maldade bem como no caso da masculinidade e sua influência no fator sucesso, foi observado que existe uma influência da masculinidade em ambas as dimensões do amor ao dinheiro: sucesso e maldade. Assim, as sociedades masculinas guiam-se por um maior desejo de conquistas e sucessos, e muitas vezes tomam decisões pelo próprio sucesso que desencadeiam atos antiéticos, pelo seu próprio bem. Quanto ao individualismo e sua influência no fator sucesso, verificou-se que as pessoas quanto mais fechadas em si, mais ênfase colocam nos seus próprios interesses em vez de a colocarem nos grupos a que pertencem. Assim, o foco é nas metas pessoais e a nível independente. Este estudo pretende contribuir com uma nova evidência para os gestores atribuírem a adequada valorização à questão do dinheiro de acordo com a importância que os indivíduos (no geral) e colaboradores (em particular) lhe atribuem nas suas culturas. Com este estudo, acredita-se que as políticas das organizações aos níveis éticos, motivacionais e de liderança dos colaboradores podem ser adequadamente definidas e implementadas.
- Impacto da reputação sobre a liquidez das ações das empresasPublication . Domingos, Fabiana Alexandra Rodrigues; Febra, Ligia Catarina Marques; Costa, Magali PedroO objetivo deste trabalho é, procurando colmatar uma lacuna na literatura, analisar se a reputação das empresas influencia a liquidez. A amostra utilizada no trabalho é constituída por dois grupos: um grupo de empresas pertencentes ao ranking da revista Fortune – World Most Admired Companies of 2015 e simultaneamente cotadas nas bolsas de NYSE e NASDAQ e outro constituído por empresas que não pertencem ao ranking, mas que também estão cotadas nas bolsas NASDAQ e NYSE. A medida de liquidez utilizada neste estudo é o rácio de iliquidez de Amihud (2002). Os resultados deste estudo, em termos gerais, indiciam que a reputação tem um impacto positivo na liquidez das ações das empresas. Este resultado vem dar um contributo significativo à literatura dado que não encontrámos nenhum estudo que tenha estudado esta relação diretamente. Por outro lado, considerando que as empresas reputadas são as mais referidas, este resultado pode ser consistente com a evidência do enviesamento de disponibilidade referenciado pelas finanças comportamentais
- Como limitar/diminuir os incobráveis dos clientes?Publication . Matias, Tiago Filipe Jordão; Costa, Magali PedroA gestão do risco é vista atualmente como uma prioridade para as empresas, nomeadamente as organizações que vendem a crédito. A crescente restrição ao financiamento forçou as empresas a analisar, de forma mais rigorosa, a capacidade dos clientes cumprirem as suas obrigações. O presente trabalho está enquadrado no âmbito da realização do estágio curricular, na empresa inCentea – Tecnologias de Gestão. Este estudo tem como objetivo o desenvolvimento de um modelo de análise de risco de crédito de clientes, da empresa inCentea, que permita a classificação do crédito de cada cliente, partindo da utilização integrada da informação existente nos Softwares CRM Microsoft Dynamics e ERP Primavera. A amostra final é constituída por 508 empresas, clientes da inCentea, durante o ano 2015. Utilizou-se como critério de classificação dos clientes “cumpridores” e “não cumpridores”, o prazo de vencimento das faturas, e segundo a inCentea, o processo de cobrança da dívida vencida é acionado (o cliente é considerado não cumpridor) quando o vencimento da(s) fatura(s) excede 30 dias. Para o desenvolvimento do modelo de análise de risco de crédito foi necessário caracterizar os clientes “cumpridores” e “não cumpridores”, para tal foram utilizados rácios financeiros que permitem caracterizar os clientes segundo 5 características -5 C’s: Carácter, Capacidade, Capital, Colateral e Fatores do meio ambiente. O modelo de estimação utilizado foi o modelo logit. Com este estudo concluiu-se que as variáveis que explicam de forma significativa a probabilidade de um cliente ser não cumpridor são: o período de crédito do cliente, o rácio de solvabilidade e o rácio de endividamento. O modelo estimado apresenta uma razoável capacidade preditiva tendo sidos classificados corretamente 63,4% dos casos.