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- As formas do informePublication . Sydorenko, Viktoria; Marques, Nuno Alexandre Fragata; Oliveira, Maria Luísa Mota Soares deNesta componente escrita da minha Tese de Mestrado em Artes Plásticas, debrucei-me sobre a forma como alguns Autores e Pintores, que conheci ao longo do Curso, me influenciaram, quer nas abordagens, quer nas formas e materiais utilizados nos meus trabalhos. Inspirada pela paisagem, pela Natureza e pela Poesia, a minha intenção não passa por criar uma imagem reconhecível, mas sim por transmitir emoções, “rendendo-me ao que me rodeia, unindo-me às nuvens e às pedras”, num caminho de solidão criativa que convosco partilho nesta Tese. Emoções que, tal como as nuvens, são informe visível.
- Bioaccessibility of antioxidant compounds, fatty acids, essential elements and contaminants from Fucus spiralisPublication . Francisco, João da Fonseca; Silva, Maria Manuel Gil de Figueiredo Leitão eAs macroalgas têm feito parte da dieta asiática desde tempos pré-históricos, mas com menor relevância no resto do mundo. No entanto, com a consciencialização dos benefícios associados a uma dieta saudável, o consumo de macroalgas tem vindo a aumentar nos países ocidentais. De facto, as macroalgas são consideradas uma fonte de nutrientes, ricas em hidratos de carbono, proteínas, com baixas concentrações de lípidos, podendo constituir uma fonte de ácidos gordos polinsaturados (PUFAs). Os principais PUFAs da família Omega-3 encontrados nestas algas são o ácido eicosapentaenóico (EPA, 20:5ω-3), ácido estearidónico (SDA, 18:4ω-3) e ácido α-linolénico (LNA, 18:3ω-3), enquanto o ácido araquidónico (ARA, 20:4ω-6) é o principal PUFA da família Omega-6. As algas marinhas representam ainda uma importante fonte de substâncias antioxidantes naturais e compostos bioativos, onde se destacam as algas castanhas por conterem teores, mais elevados, de antioxidantes e outros compostos bioativos (nomeadamente florotaninas), comparativamente às algas verdes ou vermelhas. Além disso, são também consideradas como uma fonte de minerais tais como o iodo, pois absorvem os minerais do mar, que é rico em muitos minerais e oligoelementos. Por outro lado, devido aos níveis crescentes de poluição nos oceanos, as macroalgas tendem a bioacumular contaminantes como chumbo (Pb), cádmio (Cd), mercúrio (Hg) e arsénio (As), o que pode comprometer o seu consumo. Neste contexto, o conhecimento sobre os benefícios/riscos associados ao consumo de algas comestíveis, com base na bioacessibilidade/biodisponibilidade (simulando o processo digestivo humano) é de grande importância para os consumidores, produtores e autoridades de saúde. No entanto, estudos sobre a bioacessibilidade de nutrientes e de contaminantes são ainda escassos. De facto, a maioria dos estudos apenas avalia a concentração dos compostos, negligenciando a bioacessibilidade. Este trabalho tem como objetivo principal a avaliação da bioacessibilidade (simulando o processo digestivo humano) dos PUFAs ω3, minerais, contaminantes e compostos bioativos presentes na Fucus spiralis (uma macroalga castanha presente na costa de Peniche (Portugal), rica em compostos com elevada capacidade antioxidante e minerais). A bioacessibilidade foi estimada como a percentagem de elementos recuperados após o processo de digestão. O efeito do processo de liofilização na bioacessibilidade dos antioxidantes e minerais/contaminantes foi também avaliado Os resultados obtidos permitem concluir que a F. spiralis, colhida na costa de Peniche (Portugal), apresenta um teor de lípidos baixo (3.49 ± 0.3% DW), embora dentro dos limites normais descritos para este género de alga. Nas condições estudas, a bioacessibilidade dos lípidos totais foi de 12,08 ± 0.05%. O principal ácido gordo do grupo Omega-3 detetado foi o ácido eicosapentaenóico, 7,45 ± 0.05%, e teve uma percentagem de bioacessibilidade de 12,97 ± 1.03%. Relativamente aos antioxidantes presentes na alga em estudo, foram realizados quatro métodos diferentes, possibilitando a determinação da capacidade antioxidante total com base nas diferentes moléculas presentes (TPC- quantificação dos polifenóis totais, FRAP – redução férrica pelo poder antioxidante, ORAC – capacidade de absorvância do radical de oxigénio e DPPH – atividade do radical 1,1-Diphenyl-2-Picryl-Hydrazyl). Os valores obtidos em mmol/g peso seco (DW) foram 31.466 ± 0.521, 304.093 ± 17.812 e 0.049 ± 0.005, determinado por FRAP, ORAC e TPC, respetivamente. Relativamente ao DPPH, foi obtido um valor de IC50 de 0.917 ± 0.122 mg alga/ml. A bioacessibilidade dos antioxidantes, tanto da alga fresca como liofilizada, variou entre os 42.71 e 59.52%. Com exceção do valor obtido para a bioacessibilidade dos polifenóis presentes na alga liofilizada, 23.02 %, sugerindo que o processo de liofilização reduz a bioacessibilidade destes compostos. Dos elementos essenciais estudados, o detetado em maiores quantidades foi o Mg com 11,86 ± 1.06mg/g DW. No entanto, é de realçar o elevado teor de I obtido (134,77 ± 2.2μg/g DW). A bioacessibilidade dos elementos estudados variou entre 47.8% e 83,17%, indo de encontro ao descrito por outros autores. Em relação à concentração de contaminantes na F. spiralis, os resultados obtidos para o As, Cd, Pd e Hg foram foi de 24,36 ± 2.04μg/g DW, 543.7 ± 33.8ng/g DW, 130.3 ± 6.6ng/g DW e 13.6 ± 6.6ng/g DW, respetivamente. Os contaminantes apresentaram percentagens de bioacessibilidade entre 62.24% e 88.45%, estes valores de bioacessibilidade podem ser preocupantes em casos em que estes contaminantes se encontrem em concentrações maiores. É ainda de salientar que a liofilização parece aumentar a bioacessibilidade dos elementos/contaminantes estudados. Com este trabalho foi possível concluir que a F. spiralis, no que se refere aos parâmetros em estudo, pode ser considerada uma fonte de compostos com elevada capacidade antioxidante e de elementos essenciais. A liofilização parece afetar negativamente a bioacessibilidade dos polifenóis, mas por outro lado aumenta a dos elementos/contaminantes.
- Os espaços lateraisPublication . Carreira, Rui Manuel Lopes; Esteves, Philip José RodriguesO tema do presente ensaio resulta da complexidade e do vasto espaço que constitui a prática artística contemporânea. Não é pretensão nossa abraçar a sua magnitude ou obter todas as respostas. Pretendemos não obstante, ancorar a nossa pesquisa num espaço de possibilidade ou impossibilidade que é a fissura ou a brecha que resulta de uma prática artística que deambula entre a figuração e aquilo que está para lá dela. Por considerarmos este um espaço conceptual e experimentalmente bicéfalo, achamo-lo também desconfortável e mesmo perigoso à luz da ressonância de um modernismo que tende a dar ordem ao caos. Mas porque ele faz parte da nossa prática, pretendemos dar visibilidade a alguns dispositivos e preocupações que utilizamos nos processos de pintura e desenho. O ponto de partida é aqui, enquanto aluno de arte, a noção de uma vivência que se deslocou do plano da imagem da história de arte no sentido do plano pictórico com o intuito de desbravar novas descobertas que ocorrem durante o processo de trabalho e, que apontam novas soluções, novos rumos, a-significantes, sem os quais, constituiríamos um corpo de trabalho que tendia em cristalizar.