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- Optimization of a perfusion bioreactor for tissue engineeringPublication . Freitas, Dino Miguel Fernandes; Almeida, Henrique de AmorimA regeneração de tecidos e/ou de órgãos é a solução para colmatar a falta de órgãos e tecidos, tanto actualmente como num futuro próximo. Este domínio da medicina tem crescido bastante e tem substituído algumas terapias convencionais. Os seus principais objectivos são restaurar, manter ou melhorar as funções dos tecidos. A Engenharia de Tecidos utiliza um dador para a recolha de tecido que é depois desassociado em células individuais. Estas células podem ser directamente implantadas, ou influenciadas a proliferar para um tecido organizado. Esta última situação pode ocorrer dentro de uma estrutura 3D vascularizada, conhecida como scaffold. Depois da implementação das células, esta estrutura pode ser inserida num bioreactor de perfusão permitindo a proliferação e diferenciação celular antes da implementação. Por forma a optimizar o processo de cultura in vitro, está em curso o desenvolvimento de um bioreactor de perfusão, sendo que uns dos pontos críticos assentam nas entradas e saídas do fluido na câmara de cultura. O presente trabalho tem por objectivo avaliar por meio de métodos numéricos o fluxo do fluido obtido no interior da câmara de cultura por forma a optimizar o processo de proliferação celular.
- Escolhas e hábitos alimentares em adolescentes: associação com padrões alimentares do agregado familiarPublication . Cardoso, Susana; Nunes, Carla; Santos, Osvaldo; Loureiro, IsabelIntrodução: São múltiplos os fatores que condicionam as escolhas alimentares. Nas idades infanto‐juvenis, os pais desempenham um papel importante na construção de preferências alimentares. Tal influência é especialmente relevante na infância, mas parece prolongar‐se através do período da adolescência. Objetivo: O principal objetivo do estudo foi caracterizar a associação entre hábitos alimentares do agregado familiar e escolhas alimentares dos adolescentes. Método: Trata‐se de um estudo com abordagem mista, quantitativa e qualitativa. Numa primeira etapa, a recolha de dados (quantitativos) foi feita através da Escala de Hábitos Alimentares (EHA), autopreenchida por uma amostra de adolescentes a frequentar o ensino secundário (10.°‐12.° ano) em 2 escolas do distrito de Coimbra. Desta forma, foi possível caracterizar os adolescentes quanto à adequação de hábitos alimentares. De seguida, para a componente qualitativa do estudo, foram identificados e selecionados os adolescentes com pontuações mais elevadas na escala EHA (i. e., com hábitos mais adequados) e os adolescentes com pontuações mais baixas nesta escala (i. e., com hábitos alimentares menos adequados). Estes adolescentes foram entrevistados relativamente às suas preferências alimentares, nomeadamente quanto à escolha alimentar em vários contextos (em casa, na escola e fora de casa), hábitos do agregado familiar e razões conducentes às opções efetuadas. Foram questionados ainda quanto ao risco de saúde (i. e., perceções de risco) associado aos hábitos alimentares, decisão perante o impulso de comer e situações associadas e, por último, acerca de intenções de mudança de hábitos. Foi feita uma análise de conteúdo de natureza temática, com codificação linha‐a‐linha segundo o método de Charmaz e codificação axial (com recurso ao software MaxQDA). Resultados: Participaram 358 adolescentes, dos 14 aos 18 anos (média = 15,78; desvio‐padrão = 1,05; 46,9% rapazes). A média da pontuação obtida nos itens da EHA (escala tipo Likert 1‐5) foi de 3,434 (desvio‐padrão = 0,346), variando entre 2,15‐4,3. A pontuação total resultante da soma dos itens variou entre 86‐172 (numa escala entre 0‐200), com uma média de 137,4 pontos (desvio‐padrão = 13,85). Não foram encontrados hábitos alimentares significativamente diferentes entre grupos etários ou estratos socioeconómicos, sendo as raparigas a assumir escolhas alimentares mais adequadas. O grupo de adolescentes com hábitos adequados (média EHA entre 3,75‐4,3; pontuação total EHA entre 150‐172) integra 11 alunos; o grupo com hábitos desadequados (média EHA entre 2,65‐3,125; pontuação total EHA entre 106‐125) integra 17 alunos. Os adolescentes com hábitos alimentares mais adequados descrevem o estilo parental como sendo mais interventivo do que o descrito pelos adolescentes com hábitos menos adequados. Esta influência, por parte dos pais, é operacionalizada de formas diversas: através de estilo autoritativo, através dos exemplos comportamentais (por parte dos pais) e/ou através de negociação ou controlo da disponibilidade alimentar em casa. Da análise de conteúdo também se infere que os pais/familiares dos adolescentes com baixa pontuação na EHA tendem a ter hábitos alimentares pouco saudáveis. É frequente o registo de sensações de bem‐estar associado ao padrão alimentar, por parte dos alunos com hábitos mais adequados; nos adolescentes com hábitos menos adequados foram registadas ações de acomodação aos hábitos, sem desenvolvimento de uma postura ativa de remediação como, por exemplo, iniciativa para mudar os hábitos, mesmo que pontualmente. Os resultados deste estudo apontam para a necessidade de as intervenções de educação alimentar entre jovens apostarem no desenvolvimento de comportamentos alimentares adequados ao nível de todo o agregado familiar, em complemento a intervenções educativas dirigidas apenas aos jovens.