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- Estudo da aplicação de probióticos na aquacultura de linguado senegalês (Solea senegalensis Kaup, 1858)Publication . Domingues, Andreia Ferreira; Ozório, Rodrigo Otávio de Almeida; Correia, João Pedro Santos; Batista, SóniaA ocorrência de doenças infeciosas na aquacultura é inevitável devido às condições de cultura praticadas. Photobacterium damselae subsp. piscicida causa grandes perdas económicas na cultura de Solea senegalensis, mas a suplementação com probióticos pode ser uma boa alternativa para o controlo de doenças bacterianas diminuindo ainda o uso de antibióticos. Os objetivos deste trabalho foram avaliar os efeitos da suplementação com probióticos sobre o crescimento, resposta imunológica inata e proteção contra Photobacterium damselae subsp. piscicida em linguados juvenis (Solea senegalensis). Foram testadas 6 dietas experimentais: dieta CTRL (sem probiótico), duas mono-espécies (PB1 - Shewanella sp. e PB2 - Enterococcus sp.) e três multi-espécies (PB3 - Shewanella sp. e Arthrobacter sp., PB4 - Pseudomonas sp. e Arthrobacter sp., PB5 - Shewanella sp., Arthrobacter sp. e Enterococcus sp.). Realizou-se inicialmente um ensaio de crescimento onde os juvenis foram mantidos num sistema de recirculação semi-fechado de água salgada (19ºC, 30‰) e alimentados ad libitum 3 vezes por dia durante 12 semanas. Posteriormente realizaram-se dois ensaios de infeção com Photobacterium damselae subsp. piscicida, no ensaio A os animais foram infetados no dia do transporte para novas instalações, no ensaio B os animais foram previamente aclimatizados às novas condições e só depois foram infetados. Em ambos os ensaios de infeção os juvenis foram mantidos em sistemas de recirculação fechados (19ºC, 30‰), durante 15 dias e alimentados 2 vezes por dia. No final do ensaio de crescimento verificaram-se diferenças significativas no crescimento dos animais alimentados com as dietas PB2 (22,91 ± 0,53g) e PB4 (24,03 ± 0,48g), apresentando um crescimento inferior aos juvenis da dieta CTRL (26,56 ± 0,63g). Nos parâmetros imunológicos (celulares e humorais) avaliados no final do ensaio de crescimento não se observaram diferenças significativas entre as dietas experimentais. Nos ensaios de infeção verificou-se que a mortalidade cumulativa dos juvenis do ensaio A foi nula e no ensaio B a mortalidade ocorrida não apresentou diferenças significativas entre os vários tratamentos. Na análise dos parâmetros inumo-inatos após infeção apenas a atividade da peroxidase apresentou diferenças vi significativas. Para o ensaio A, o índice de estimulação foi significativamente menor nos peixes alimentados com a dieta PB1 (0,31 ± 0,39) quando comparado com os juvenis submetidos às dietas PB4 (1,31 ± 0,59) e PB5 (1,12 ± 0,66). Além disso, os peixes alimentados com o tratamento PB3 (0,36 ± 0,39) apresentaram valores significativamente mais baixos do que a dieta PB4 (1,31 ± 0,59). Os resultados deste trabalho sugerem que as respostas imuno-inatas dos juvenis de linguado não foram influenciadas pela dieta por si só, mas mostram algumas alterações quando se associa o stress do factor abiótico (aclimatização) a um fator biótico (infeção).