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- O Rei-Saudade (monólogo)Publication . Rocha, Aníbal Caldeira; Mendonça, Guilherme Abel FerreiraA partir do drama de António Patrício, Pedro, o Cru, e da tragédia de António Ferreira, Castro, escrevi o monólogo O Rei-Saudade. Esta opção dramatúrgica deveu-se a uma intenção minha de realizar a respetiva encenação, onde irei assumir também o papel de ator. António Patrício situa o seu drama num tempo em que Pedro já é rei, sete anos após a morte de Inês. No entanto, eu pensei ser importante relembrar aos espetadores as circunstâncias que justificaram a morte da Castro. Por isso, nesta dramaturgia encaixei em Pedro, o Cru cenas da tragédia de Ferreira, de modo a que os espetadores contextualizassem a intriga em ambos os textos de partida e pudessem visualizar as situações cénicas ocorridas sete anos antes (representadas pela tragédia Castro), quando Inês foi assassinada. Portanto, esse recuo no tempo permite, simultaneamente, a apresentação do Conselho onde foi decidida a morte da Castro e a justificação para os comportamentos vingativos que Pedro assume no drama de Patrício. Apesar de ser um monólogo, n’ O Rei-Saudade confrontam-se três personagens: quem mata e morre – Pêro Coelho; quem ama e morre – Castro; quem ama e vinga – Infante / Pedro. Porém, nesta dramaturgia, a ‘presença’ da Castro é sumária e funciona como elemento desencadeador do desequilíbrio emotivo de Pedro, justificando o conflito entre o Rei-Saudade e o conselheiro. Por isso, esta dramaturgia contempla os momentos relacionados com a concretização da vingança sobre Pêro Coelho, mas destaca sintomas ‘alucinatórios’ de Pedro, que estão presentes na sua vontade em viver “bodas eternas” com Inês, no “outro reino”. Parece-me importante sublinhar a importância que tem, para mim, a integração da CENA XIII (O Rei-Saudade: 13). Esta cena provoca um efeito de rutura da ilusão teatral com a entrada de dois figurantes que, aparentemente, não têm qualquer relação nem com a intriga nem com as personagens. No entanto, devido às ações que os figurantes praticam e ao guarda-roupa que usam, verifica-se que esta situação ‘estranha’ transporta para cena informações que permitem identificar o protagonista (Pedro ou um ‘ator’) como um ‘doente’ que precisa de medicação para amenizar sintomas ‘psicóticos’ que foram sendo vinculados durante a representação. Embora não seja identificada a ‘doença’, pretende-se que os espetadores se questionem e reavaliem os juízos que foram desenvolvendo em relação ao desequilíbrio emocional do protagonista, aos delírios e às alucinações que ele foi ‘materializando’ em palco. A integração da CENA XIII é, portanto, o momento cénico em que poderá ser questionada a identificação do protagonista: é, de facto, uma personagem, Pedro, que se desdobra em Castro e Pêro Coelho; ou é um ‘ator’ que, por qualquer motivo desconhecido (motivo para especulação dos espetadores?), ‘encarna’ precisamente as personagens dos amores fatídicos de D. Pedro e Inês de Castro?
- Dificuldades na assistência à PCR intra-hospitalar: a perceção dos profissionais de saúdePublication . Catalão, Maria José Martins; Gaspar, Pedro João SoaresA Assistência Intra-Hospitalar dos eventos de Paragem Cardiorrespiratória, constitui um momento de alto stresse emocional, bem como exige por parte dos profissionais envolvidos rapidez, eficiência, conhecimento técnico-científico, habilidade e perícia técnica. A perceção dos profissionais envolvidos na assistência à Paragem Cardiorrespiratória Intra-hospitalar indicia as principais dificuldades/necessidades sentidas ou vividas, que devem ser normalizadas e ajustadas, por forma a minimizar o seu impacto no resultado da sua intervenção em todos os doentes assistidos. Este estudo analisa as dificuldades percecionadas pelos profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) na Assistência à Paragem Cardiorrespiratória, e quais os fatores condicionantes, como interferências desfavoráveis na Reanimação Cardiorrespiratória. Com base numa amostra de 109 profissionais de saúde, de um hospital distrital, concluiu-se que, na perceção dos profissionais, o Serviço de Urgência e o Serviço Unidade de Cuidados Intensivos, apresentam as condições necessárias, para uma vigilância e assistência adequada a eventos de Paragem Cardiorrespiratória a nível hospitalar. Os atuais sistemas de assistência hospitalar à Paragem Cardiorrespiratória são insuficientes na sua atuação e os profissionais de saúde que pertencem a serviços sem monitorização adequada, com défices de formação e/ou competência em Suporte Básico e Avançado de Vida, têm maior dificuldade na referida assistência. A equipa de enfermagem detém uma perfeita integração com a equipa médica, desenvolvendo igual competência técnica na Reanimação Cardiorrespiratória, no entanto os profissionais de saúde pertencentes ao Serviço Unidade de Cuidados Intensivos, são a melhor Ajuda Diferenciada, pois detêm todos os recursos humanos e materiais, bem como formação adequada, para dar a melhor assistência possível aos episódios de Paragem Cardiorrespiratória Intra-Hospitalares.