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- Análise do impacto da e-terapia enquanto estratégia de promoção de saúde em adolescentes obesosPublication . Sousa, Pedro Miguel Lopes; Gaspar, Pedro; Fonseca, HelenaA obesidade na adolescência atingiu proporções epidémicas, sendo urgente encontrar estratégias efetivas de prevenção e tratamento, e recursos apropriados que induzam a mudança no individuo, família e comunidade. Um estudo nacional revelou uma prevalência de excesso de peso de 31% na população infanto-juvenil, salientando a urgência da intervenção precoce. Além da prevenção é fundamental apostar no tratamento efetivo dos jovens que apresentam peso excessivo, porque a obesidade adolescente: a) tem um impacto signi cativo na saúde física e psicossocial; b) é um fator de risco para a obesidade e mortalidade na idade adulta; e d) é uma ameaça major para o aumento sustentado da esperança de vida. Este estudo parte da premissa que proporcionar um melhor tratamento requer: a) contacto mais extenso e frequente com a equipa de tratamento e b) utilização de outros canais de comunicação e de tecnologias mais interativas com os adolescentes e suas famílias. Os componentes nucleares dos programas de tratamento (alimentação, exercício e estratégias comportamentais) não têm conseguido obter a adesão pretendida. A solução poderá passar por estratégias mais interativas e dinâmicas, sobretudo para crianças e adolescentes. Neste contexto convém destacar o papel da e-saúde na prevenção e redução da obesidade pediátrica, em virtude da ubiquidade da tecnologia na vida dos jovens. Este projeto explora as potencialidades da e-terapia assente no modelo de gestão de caso, no âmbito da mudança cognitivo-comportamental em adolescentes obesos,promovendo o envolvimento familiar no processo terapêutico. Consideramos que a inclusão das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) permite otimizar os recursos e maximizar o impacto, em complementaridade com as abordagens convencionais, o que se tem revelado vantajoso e efetivo em diversos estudos internacionais, mas que ainda não foi testado no contexto nacional. O objetivo principal deste projeto consiste no desenvolvimento, implementação e avaliação de um programa de tratamento de obesidade na adolescência, baseado na e-terapia e assente na metodologia de gestão de caso. Este projeto visa promover competências de gestão do peso, conhecimentos de saúde, adoção de estilos de vida saudáveis através do contacto aumentado e interativo entre adolescente, família e equipa clínica, com re exos na adesão terapêutica e qualidade de vida. A população em estudo será constituída pelos adolescentes com um IMC superior ou igual ao percentil 95, idade entre os 12-18 anos e acesso à internet pelo menos 1 vez por semana, que frequentem a Consulta de Obesidade Pediátrica do HSM (critérios de inclusão). Constituirão critérios de exclusão a presença de dé ces cognitivos graves, incapacidade de comunicação por escrito e gravidez. Serão necessários três estudos distintos mas complementares: E1-diagnóstico de situação, E2-avaliação da usabilidade da plataforma; E3-avaliação da efetividade. De salientar a importância do estudo 3 para os objetivos delineados, um ensaio clínico com grupo de controlo (tratamento standard) e grupo experimental que terá acesso adicional ao programa de intervenção e-terapêutico (Next.Step). A plataforma e-terapêutica inclui valências como: auto-monitorização (peso, estilo de vida, adesão terapêutica, qualidade de vida), recursos educativos (vídeos, folhetos, histórias, manuais, dietas, links, sugestões), módulos interativos (Resolução de problemas, Quizzes, jogos didáticos, concursos), ferramentas de suporte (Deinição de objetivos pessoais, percurso evolutivo, mensagens personalizadas) e suporte social (Fóruns de discussão e chats com colegas e com proossionais de saúde). Os benefícios principais serão: redução do z-score do IMC e aumento da adesão terapêutica, qualidade de vida (relacionada com o peso) e pelo de estilo de vida saudável. A avaliação positiva da efetividade irá fomentar a inclusão das TIC no tratamento, perspetivando-se uma redução dos custos a médio/longo prazo, redução dos índices de abandono do tratamento e melhoria da satisfação dos clientes face aos cuidados
- Realidade aumentada em educação projeto de e-Learning aplicado na área da saúdePublication . Jorge, Nelson Ribeiro; Morgado, Lina; Gaspar, PedroA Realidade Aumentada (RA) é uma tecnologia que permite que um objeto (imago) virtual computadorizado seja sobreposto direta ou indiretamente num ambiente real e em tempo real (Azuma, 1997; Zhou, Duh, & Billinghurst, 2008). Trata-se de uma variante da Realidade Virtual que utiliza também objetos virtuais, mas que difere desta na medida em que a RA é uma realidade mista que combina o mundo real com objetos virtuais, enquanto a RV imerge o utilizador por completo num ambiente virtual criado por computador. Assim, a RA suplementa a realidade em vez de a substituir, fazendo a ponte entre o mundo real e virtual de uma forma perfeita (Chang, G., Morreale, P. & Medicherla, P., 2010). São já conhecidas várias experiências de utilização da RA (Azuma, 1997; Azuma et al, 2001) em áreas como a publicidade, turismo, jogos, design do produto, arquitetura, aviação, indústria automóvel, medicina e educação. No ensino encontramos experiências educativas em contextos tão diversos como a matemática e a geograIa. Na área da saúde encontramos aplicações educacionais de RA para a prática, planeamento e gestão de procedimentos de saúde. A RA surge assim como uma nova tecnologia com potencial para o ensino, permitindo a manipulação de objetos virtuais no mundo real de forma imersiva, colmatando até o carácter prático muitas vezes dissociado do e-Learning. O foco deste projeto é precisamente a integração da RA numa ferramenta de e-Learning, nomeadamente numa plataforma virtual na área da saúde. O e-Learning na área da saúde integra um conceito mais abrangente denominado e-Health que, segundo a Declaração Ministerial de Bruxelas, refere-se à utilização das modernas tecnologias de informação e comunicação como resposta às necessidades dos cidadãos, dos doentes, dos pro ssionais de saúde, das instituições de saúde e das políticas de saúde (eHealth, 2003). O uso da tecnologia tem permitido criar ambientes e pacientes virtuais e simular práticas para ajudar os formandos na área da saúde a desenvolverem habilidades e conhecimentos (Hogan et al. 2007; Lewis et al. 2005). Estas simulações são técnicas educativas que permitem atividades interativas e por vezes imersivas, pela recriação de experiências clínicas sem exporem os doentes aos riscos (Maran & Glavin, 2003), e permitemao formando repetir um número in nito de vezes uma manobra até se assegurar da sua correta realização, antes de a praticar em situação real (Rey et al. 2006). É neste sentido que surge a RA como tecnologia que, aliada ao diagnóstico e tratamento de feridas crónicas, poderá permitir um diagnóstico imersivo e mais pormenorizado das feridas, podendo trazer benefícios para o desenvolvimento de competências no ensino da enfermagem. Assim, acreditamos que, ao nível educacional, esta tecnologia pode enriquecer o ambiente de aprendizagem, possibilitando a realização de técnicas e procedimentos que facilitem o desenvolvimento e a aquisição de competências na área do diagnóstico e tratamento de feridas crónicas. O presente projeto pretende utilizar a RA no ensino da enfermagem, simulando a resolução de casos clínicos práticos utilizando objetos digitais imersos no mundo real. O projeto será suportado pela plataforma e-fer, desenvolvida por um grupo de investigadores do Instituto Politécnico de Leiria, a que será acrescentada uma componente de RA em casos clínicos que possam bene ciar desta integração. A plataforma e-fer recai sobre o tratamento de feridas crónicas por se tratar de uma situa- ção patológica com elevada incidência e prevalência em todo o mundo e representar uma elevada carga económica para os doentes e seus familiares, para as instituições de saúde, para os sistemas de saúde e para a sociedade em geral (Gaspar, 2010). Assim, o objeto de estudo deste projeto centra-se nos efeitos da RA, num ambiente virtual de aprendizagem, na tomada de decisão relativamente ao diagnóstico e tratamento de feridas crónicas.