Browsing by Author "Pardal, A."
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- Avaliação da Qualidade do Ar Interior em Central de Tratamento Mecânico e Biológico de Resíduos UrbanosPublication . Borralho, M.T.; Domingos, E.; Pardal, A.A Central de Tratamento Mecânico e Biológico (CTMB) de Resíduos Urbanos dos Sistemas Gesamb, Resialentejo e AMCAL em Beja, foi construída em edifício fechado e entrou em funcionamento em 2015 e foi dimensionada para processar 30 000 toneladas de resíduos/ano. Esta é composta por três unidades distintas: prétratamento da linha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU); Pré-tratamento da linha de embalagens e tratamento da fração orgânica. O Tratamento Mecânico e Biológico (TMB) visa produzir: I) composto (corretivo de solos); II) combustível derivado de resíduos (CDR) ou combustível sólido recuperado (CSR) em função das respetivas características; III) biogás (quando o tratamento biológico se desenvolve em condições anaeróbias); IV) resíduo bioestabilizado a enviar para aterro ou com potencial utilização comercial, em função das suas características organoléticas. A natureza das operações efetuadas nesta unidade pressupõe a libertação para a atmosfera de compostos que poderão ter um impacto negativo na qualidade do ar ambiente e na saúde dos operadores. Assim, o objetivo deste trabalho foi avaliar a qualidade do ar interior da CTMB durante os meses de novembro e dezembro de 2015. Após os pontos de amostragem definidos (4) os parâmetros analisados foram: temperatura, humidade relativa, matéria particulada (PM10), VOCs, dióxido de carbono e monóxido de carbono. Os resultados obtidos evidenciaram valores de matéria particulada (74,9-6782 mg/m3) excessivamente elevados, bem como de COVs (1,3-13,3 mg/m3) e dióxido de carbono. O monóxido de carbono, contudo foi desprezável.
- Utilização do biodiesel: perspectiva química e ambientalPublication . Pardal, A.; Fernandes, M. C.; Encinar, J.M.; Sanches, N.; Chaves, H.A crise do petróleo e a crise energética enfrentadas no fim dos anos 70, início dos anos 80, bem como a preocupação com a exploração de recursos não-renováveis, e a consciência dos impactos ambientais resultantes da utilização dos combustíveis fósseis, trouxeram novos incentivos à procura por combustíveis alternativos aos convencionais, baseados no petróleo. A busca por recursos limpos que permitam garantir as necessidades energéticas futuras, constitui um dos maiores desafios da atualidade. O biodiesel é um combustível renovável constituído por ésteres metílicos de ácidos gordos (FAME – Fatty Acids Methyl Esters, 1ª geração), geralmente produzido por transesterificação de várias matérias-primas renováveis. Em Portugal, em 2014, existiam 8 produtores de biodiesel, cuja capacidade de produção instalada anual era cerca de 731 mil toneladas, com 45% dela utilizada para o mercado nacional. A utilização do biodiesel apresenta várias vantagens, económicas, técnicas e ambientais, nomeadamente: I) redução da dependência externa em energia, com evidentes vantagens económicas e políticas; II) é um combustível oxigenado o que facilita a combustão, contribuindo para uma combustão mais limpa; III) redução acentuada das emissões poluentes. No entanto também apresenta algumas desvantagens, por exemplo: possível concorrência com a indústria alimentar, gerando inflação ou falta dos alimentos. A produção intensiva e sem controlo podem levar à destruição de muitas florestas, dos seus habitats e populações; ponto de congelação superior ao do gasóleo. Algumas das desvantagens da utilização do biodiesel de 1ª geração, bem como este estar limitado até uma incorporação de 7% (v/v), podem ser superadas recorrendo à produção de biodiesel de 2ªgeração (hidrogenação de óleos vegetais) ou no futuro da 3ª geração (tendo em conta a tecnologia usada na produção do biodiesel). O biodiesel de 2ªgeração resulta da hidrogenação de óleos vegetais com posterior isomerização. Quimicamente é semelhante ao diesel mineral, de elevada qualidade (índice de cetano elevado, propriedades de frio elevadas e densidade mais baixa). O biodiesel de 3ªgeração resulta da gasificação de materiais vegetais e animais, preferencialmente residuais, com posterior utilização da reação de síntese Fischer- Tropsch para obtenção do biodiesel a partir do gás de síntese. A tecnologia de 3ª geração tem capacidade de utilizar praticamente qualquer tipo de biomassa e outro tipo de resíduos.
