Browsing by Author "Guerreiro, I."
Now showing 1 - 4 of 4
Results Per Page
Sort Options
- Atividade de Investigação e Desenvolvimento Experimental nos Laboratórios de Tecnologias de Regadio e de Ensino de Ciências da Terra e da Atmosfera do IPBejaPublication . Ramôa, S.; Silva, P. Oliveira e; Guerreiro, I.; Portugal, J.; Vasques, A. LopesPerspetivando a possibilidade de futuras colaborações nas áreas da Rega, dos Solos e aplicações da Agrometeorologia, apresenta-se uma breve síntese dos trabalhos de investigação e desenvolvimento experimental realizados nos últimos 4 anos no âmbito dos Laboratórios de Tecnologias de Regadio e de Ensino de Ciências da Terra e da Atmosfera do Departamento de Biociências do Instituto Politécnico de Beja. O primeiro é uma infraestrutura de apoio ao Ensino e à Investigação, que integra um conjunto de equipamentos de laboratório e de campo cuja utilização tem sido orientada para atividades nas áreas da Rega e da Conservação do Solo e da Água. O segundo desenvolve atividades essencialmente didáticas, de formação e ensino na área das Ciências da Terra e da Atmosfera, cujo objetivo principal é garantir uma formação propedêutica nessas áreas científicas de modo a que, os formandos, sejam capazes de aplicar os conceitos adquiridos nas disciplinas da especialidade necessários à sua atividade profissional no domínio das Ciências Agrárias. É, também, utilizado como apoio à atividade de investigação que decorre no laboratório de Tecnologias de Regadio. A equipa de colaboradores destes laboratórios tem integrado, desde o início dos anos 90, equipas multidisciplinares e interinstitucionais, que têm desenvolvido projetos de investigação e de demonstração nestas áreas. No conjunto dos trabalhos realizados, dá-se destaque a dois novos projetos que estão a iniciar durante o ano 2017: o projeto ‘WineWaterFootprint - Avaliação da pegada hídrica na fileira vitivinícola’, coordenado pelo Instituto Politécnico de Santarém e que tem como objetivo avaliar a pegada hídrica ao longo da cadeia de valor vitivinícola, através do desenvolvimento de uma metodologia aplicada a estudos de caso e de uma ferramenta de apoio à gestão; o projeto ‘INNOACE- Propostas para uma gestão eficiente de fruteiras mediante estratégias de rega e fertilização no Alentejo e Extremadura’, coordenado pelo Centro de Investigaciones Científicas y Tecnológicas de Extremadura (CICYTEX) e que tem como objetivo avaliar o efeito de diferentes estratégias de rega e doses de fertilização, recorrendo a técnicas culturais que irão permitir otimizar a produção, a qualidade da colheita e pós colheita, com o menor impacto possível, bem como fazer a transferência de conhecimento para o setor agrícola.
- Comportamento da Anarsia lineatella em pomares de amendoeiras no AlentejoPublication . Patanita, M. I.; Guerreiro, I.; Regato, M.Sendo o amendoal moderno uma cultura alternativa na região do Alentejo e perspetivando-se para os próximos anos um enorme incremento em termos de área plantada e investimento efetuado torna-se premente o estudo da adaptabilidade das variedades nesta região bem como o comportamento dos principais inimigos da cultura. Sendo uma das principais pragas a espécie Anarsia lineatella (Lepidoptera, Gelechiidae) pretende-se neste trabalho melhorar o conhecimento do seu comportamento na região e em diferentes variedades. O estudo decorreu no período compreendido entre fevereiro e julho de 2016 e em cinco variedades, sendo elas Ferragnês, Ferraduel, Francoli, Glorieta e Masbovera. Para avaliar a curva de voo desta praga utilizaram-se 5 armadilhas sexuais do tipo Delta. Os resultados obtidos não nos permitem diferenciar suscetibilidades varietais.
- CYNARA PASTA – Uma abordagem integrada para a valorização da folha de Cynara cardunculusPublication . Carvalho, M.J.B.; Reis, J.; Paulino, A.; Costa, M. B.; Dias, J.; Alvarenga, N.B.; Guerreiro, I.; Regato, M.; Brás, T.; Duarte, M. F.O cardo é uma planta que cresce naturalmente, em condições extremas, como seja o caso de altas temperaturas e stress hídrico no verão, e em solos não cultivados. O cardo é um recurso endógeno abundante, com elevado potencial de valorização económica baseado na sua aptidão tecnológica. Tradicionalmente, a flor do cardo é usada no processamento de queijos de ovelha, nomeadamente “Serra da Estrela”, “Serpa”, “Évora”, “Nisa”, entre outros, em Portugal, “La Serena” e “Guía” em Espanha. Atualmente, revela várias evidências epidemiológicas que sugerem que o consumo de vegetais pode prevenir doenças degenerativas causadas por stress oxidativo. Consequentemente há uma nova tendência por parte do consumidor na procura de novos produtos, derivados de matrizes naturais, que representem uma importante fonte de antioxidantes exógenos, como sejam os compostos fenólicos. No sentido de promover a valorização económica da planta Cynara cardunculus, tendo por base o potencial fitoquímico das folhas, a variabilidade natural de populações espontâneas de cardo, e a utilização da flor para a produção de queijos, surgiu o projeto ValBioTecCynara que contempla uma abordagem integrada para a valorização da flor e da folha, potenciando a cultura do cardo, associando-lhe soluções tecnológicas de elevado valor acrescentado. No presente estudo desenvolveu-se uma pasta à base de folhas de Cynara cardunculus colhidas entre os meses de fevereiro e março, que foram previamente branqueadas (100ºC/5 min), embaladas em vácuo e congeladas a -24ºC. Posteriormente foram efetuados diferentes ensaios de modo a otimizar a textura da pasta de cardo, cuja formulação incluiu azeite, cebola, incorporação de leguminosas (Phaseolus vulgaris L. e Cicer arietinum), ervas aromáticas (Petroselinum crispum e Coriandrum sativum) e, por último para adição de açúcar amarelo e/ou mel. Em termos de caracterização analítica, a pasta apresentou um pH na ordem da neutralidade (6,2 a 6,6), a avaliação da cor Lab da CIE, apresentou valores de L entre 45,03 e 39,76, e os parâmetros a e b entre -5,73 e 0,36, e 16,09 e 10,83, respetivamente, em termos de avaliação reológica, as amostras foram sujeitas a um ensaio de TPA (“Texture Profile Analysis”) e apresentaram valores de dureza entre 0,44N a 0,96 N e adesividade entre 2,20 e 3,54 Ns. Nas pastas de cardo, o teor de água apresentou-se entre 54,07% e 68,55%, e os hidratos de carbono na pasta com 68,55% de água foram 12,93% e 22,08% na pasta com 54,07% de água, em relação à fibra, os teores foram entre 3,34% e 0,99%. Quer a proteína, quer a cinza mantiveram uma constância de valores em todas as pastas, sem quaisquer diferenças significativas entre amostras e com um valor médio de 1,29%. O teor de gordura apresentou diferenças significativas entre as diferentes formulações. Ao efetuar-se uma análise sensorial afectiva, as pastas destacaram um sabor intenso a amargo, particularmente acentuado nas pastas elaboradas com as folhas colhidas em março, o que poderá suscitar numa perspectiva futura, e tendo como foco a elaboração de uma pasta de barrar, que se deva optar pela antecipação da colheita das folhas.
- Eficiência no uso do azoto, fósforo e potássio em sistemas culturais regados no Baixo AlentejoPublication . Guerreiro, I.; Patanita, M.; Tomaz, A.; Palma, J. Ferro; Dôres, J.; Boteta, L.Com base num projeto de demonstração que decorreu nos anos agrícolas 2012/2013 e 2013/2014, realizado em duas explorações agrícolas localizadas no perímetro de rega de Alqueva, quantificou-se a eficiência de uso do azoto, fósforo e potássio (NUE) numa monocultura de milho (M-M) e em duas rotações, cevada+milho-cevada (C+M-C) e girassol-cevada+milho (G-C+M). A avaliação dos teores de matéria orgânica total, fósforo e potássio extraíveis fez-se no ano anterior à instalação do ensaio e previamente à sementeira de cada cultura. Na determinação da eficiência de uso dos nutrientes usaramse as relações seguintes: (I) eficiência de uso do azoto (N) disponível (kg/kg), dada por NUEN=R/ND; (II) eficiência de uso do fósforo (P) disponível (kg/kg), dada por NUEP=R/PD; (III) eficiência de uso do potássio (K) disponível (kg/kg), dada por NUEK=R/KD, onde R é o rendimento da cultura (kg/ha) e ND, PD e KD correspondem, respetivamente, ao N disponível (kg/ha de N) resultante da fertilização mineral e do N libertado por mineralização da matéria orgânica quando o seu teor no solo ultrapassou 2.5%, ao P disponível (kg/ha de P2O5), resultante da fertilização mineral e do teor extraível existente no solo e ao K disponível (Kg/ha de K2O), resultante da fertilização mineral e do teor extraível existente no solo. No milho os valores NUEN foram superiores em monocultura, com o valor mais baixo a verificar-se na rotação GC+ M, refletindo primordialmente as baixas produtividades obtidas pelo milho cultivado em rotação. Em monocultura a NUEN do milho alcançou valores elevados, superiores a 40 kg/kg. O baixo valor de NUEN no girassol (15 kg/kg) indica que a cultura foi pouco eficiente na utilização do azoto disponível, sobretudo em consequência da baixa produtividade da cultura e não de alguma limitação na capacidade de utilização do N pelo girassol. A NUEP ficou em geral dentro dos intervalos médios espectáveis (45 a110 kg/kg). Foram exceção pela negativa o girassol e o milho na rotação G-C+M. O valor mais elevado de NUEP foi obtido no milho em monocultura e resultou da maior produtividade obtida e da menor disponibilidade de fósforo extraível no solo. Estes resultados demonstram que sempre que o potencial produtivo das culturas foi alcançado, não sendo afetado por fatores de stresse hídrico, fitossanitário ou práticas agronómicas desajustadas, as rotações e as culturas a elas associadas mostraram-se eficientes na utilização deste nutriente. Em todas as culturas a NUEK foi baixa, em geral inferior a 25 kg/kg. Este resultado sugere que as fertilizações potássicas poderiam ter sido inferiores, sem risco de comprometer os rendimentos esperados nem de afetar a fertilidade do solo. O milho foi a cultura mais eficiente na utilização do K. O balanço final dos teores de P e de K extraíveis foi positivo na rotação C+M-C, evidenciando que os nutrientes aplicados via fertilizantes superaram as exportações das culturas. As sucessões M-M e C+M-C apresentaram os melhores indicadores de eficiência de uso de nutrientes, principalmente de azoto e de fósforo. Contudo, verificaram-se, em todas as culturas, baixas eficiências no uso de potássio, evidenciando a necessidade de equacionar cuidadosamente a fertilização potássica.