Browsing by Author "Rodrigues, Ana Filipa da Costa"
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- Estudo da influência da dieta e da temperatura na resposta imunológica do ouriços-do-mar Paracentrotus lividus (Lamarck, 1816)Publication . Rodrigues, Ana Filipa da Costa; Lourenço, Sílvia Alexandra Pereira; Baptista, Teresa Maria CoelhoO ouriço-do-mar comum europeu Paracentrotus lividus é uma espécie comercialmente importante devido ao elevado valor das suas gónadas, ou ovas. Uma dieta com um alto teor de carotenoides pode aumentar a imunidade destes animais. A temperatura ambiental afeta, de uma forma geral, diversas funções fisiológicas dos invertebrados marinhos. Os ouriços-do-mar têm um sistema imune inato constituído pelos celomócitos que são os componentes celulares responsáveis pela resposta imune secundados pelas proteases e lisozimas. O presente estudo teve como objetivo analisar a influência de dietas com diferentes teores de carotenoides e da temperatura no sistema imunológico e antioxidante do ouriço-do-mar P. lividus. No ensaio nutricional (8 semanas), os animais foram alimentados com três dietas gelificadas: dieta rica em carotenoides (HC); dieta pobre em carotenoides (LC); dieta à base de algas marinhas (Macroalgas). No final do ensaio nutricional, os ouriços-do-mar foram expostos a um desafio patológico time-course, onde foram inoculados com Vibrio parahaemolyticus. Os parâmetros de imunidade celular, humoral e antioxidante foram medidos. No ensaio da temperatura os animais foram expostos a um aumento de temperatura até 24 ᵒC durante 36 dias, ao fim dos quais os parâmetros de imunidade celular e humoral foram medidos. No final do ensaio nutricional, ocorreu um aumento de celomócitos nos ouriços-do-mar alimentados com dietas HC e LC. Destes celomócitos, e de forma semelhante nos três grupos dietéticos, os mais abundantes foram os fagócitos (HC: 58%; LC: 65%; Macroalga: 69%), seguidos pelos granulócitos incolores (HC: 18%; LC: 17%; Macroalga: 16%). Para os parâmetros humorais, os animais alimentados com a dieta macroalga obtiveram uma ativação mais rápida do sistema imune perante a presença de um patógeno. Nos parâmetros de stress oxidativo, a dieta macroalgas foi a que promoveu uma melhor defesa antioxidante nos ouriços-do-mar. No ensaio da temperatura, o número de celomócitos nos indivíduos aumentou com o aumento deste fator. Já na resposta humoral dos animais apenas a concentração de lisozima reagiu ao aumento da temperatura. Em conclusão, as dietas foram aceites pelas ouriços-do-mar, sendo que a dieta que proporcionou uma melhor defesa do sistema imune e antioxidante foi a de macroalgas.