Browsing by Author "Alves, Rui Guilherme da Cruz Ferreira"
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- Disponibilidade de pagamentoPublication . Alves, Rui Guilherme da Cruz Ferreira; Mendes, Alexandra Sofia Marinho Silva; Vasconcelos, João Viljoen deO Arquipélago das Berlengas apresenta características singulares no que toca aos seus ecossistemas terrestres e marinhos, sendo um local de extrema importância para a avifauna, destacando-se ainda pelo seu património arqueológico, cultural, e pela importância histórica que ocupou ao longo dos tempos, sendo até possível encontrar vestígios do império romano neste território. Estes elementos, entre outros levaram a que fosse classificado como Reserva Natural, que integrasse a Rede Natura 2000 e que, mais tarde, fizesse parte da Rede Mundial das Reservas da Biosfera da UNESCO. O Turismo tem feito igualmente parte da sua história, apresentando uma grande sazonalidade devido à sua íntima relação com boas condições marítimas e meteorológicas, o que limita a visita aos meses de março a outubro, fazendo com que o fluxo turístico se acumule nesta temporalidade. Estes factos, aliados à vulnerabilidade dos diversos ecossistemas presentes no Arquipélago, mostraram uma necessidade de criação de legislação com o objetivo de limitar as atividades humanas. Consequentemente, foi aplicada uma capacidade de carga para a Ilha da Berlenga, seguida da criação de uma taxa de visita. Esta taxa foi criada a 5 de janeiro de 2022, apresentando uma aplicabilidade recente, o que faz com que haja uma lacuna na literatura, uma inexistência de estudos sobre este caso em específico. Deste modo, surge a presente dissertação de mestrado que tem como objetivo avaliar a disponibilidade do visitante em pagar uma taxa de acesso à área terrestre do Arquipélago das Berlengas com vista o financiamento de projetos de conservação, educação ambiental e melhoria das infraestruturas existentes. Para alcançar tal fim, foi adotada uma metodologia que inclui o uso do Alfa de Cronbach, o Teste de Qui-Quadrado de Pearson e o Contingent Valuation Method, sendo este último o pilar do presente estudo. Com esta investigação, foi possível avaliar o montante que o visitante está disponível a pagar pela taxa anteriormente referida, e avaliar que variáveis sociodemográficas, referentes à visita per si, ou do perfil do turista influenciam esse valor. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que 58% dos inquiridos está disponível para pagar um valor de taxa de visita superior ao presentemente aplicado (veja-se que a moda e mediana encontrada no presente estudo foi de cinco euros), sendo que os não residentes no concelho de Peniche e os visitantes que nunca acederam ao Arquipélago apresentam uma maior disponibilidade de pagamento.