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Authors
Advisor(s)
Abstract(s)
Este estudo apresenta-se como uma oportunidade para uma participação mais efetiva
dos idosos na sociedade digital, através do uso de dispositivos móveis táteis. O
envelhecimento da população representa um dos desafios mais relevantes das
sociedades do séc. XXI, do ponto de vista social, económico e político. Cerca de 30%
dos europeus nunca utilizou internet, tendo a maioria idades compreendidas entre os
65 e os 74 anos (CE Eurostat, 2016), sendo considerada a faixa etária que menor
presença tem na internet (Neves e Amaro, 2012; Dias, 2012). O foco do estudo centrase
nos smartphones e tablets, na mesma linha dos estudos efetuados sobre a terceira
idade já que o ecrã tátil e a possibilidade de instalar aplicações móveis de forma
simples e rápida, de acordo com as necessidades individuais, sem especificações
técnicas, têm contribuído para que os indivíduos nesta faixa etária se apropriem destas
tecnologias, mesmo sem qualquer experiência de navegação com os dispositivos o
(Hetzner, Slyschak, Held & Tenckhoff-Eckhardt, 2014).
O objetivo do estudo é investigar qual a apropriação dos dispositivos móveis táteis
(tablets e smartphones) por indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, em
áreas identificadas na literatura e de acordo com seus interesses, no quadro de dois
cenários de aprendizagem: um programa para seniores em zona urbana - programa
IPL 60+, e um programa para seniores dinamizado por uma autarquia em região ruraluma
Junta de Freguesia da região centro.
O estudo enquadra-se na metodologia Design Based Research (DRB), uma vez que
parte da análise de problemas existentes em contextos reais e procura compreender
como é que os seniores, se apropriam dos dispositivos móveis, de forma a encontrar
soluções inovadoras que os ajudem a usar, de forma integrada e útil, os dispositivos
móveis no seu quotidiano. O estudo organiza-se em 4 fases, embora o foco deste artigo
seja apenas a 3ª fase. Nesta fase, realizaram-se oficinas de formação-piloto aos
seniores sobre vários temas: saúde e bem-estar, comunicação e socialização, criação
de conteúdos digitais, bens e serviços online, organização e produtividade, informação
e lazer. Para o desenho metodológico das oficinas de formação, fundamentámo-nos
na teoria de apropriação de Carrol (2004), subdividindo as oficinas em 3 momentoschave
e avaliando a sua pertinência e adequação, através de questionários.
A recetividade dos seniores à experimentação das aplicações (apps) foi positiva e, de
modo geral, consideraram que o formato da sessão conduziu à aprendizagem, embora
tenham salientado aspetos a melhorar. Após o término das oficinas, verificou-se que
as aplicações que os seniores mais referiram nas suas rotinas diárias foram: WhatsApp
(75,0%), Palavra Guru (53,0%) e Sportractive: Correr e Caminhar (41,7%),
destacando-se as áreas da socialização/comunicação, lazer e saúde e bem-estar. Este estudo visou a criação de atividades que contribuam para apoiar os seniores na
sua relação com as tecnologias digitais nas rotinas diárias e focou o uso dos
dispositivos móveis, pela sua interface natural e intuitiva, ecrã tátil, entre outros
(Rukzio et al, 2006). Todavia, para estimular o seu uso, é fundamental que os seniores
se sintam familiarizados e confiantes com a tecnologia, e percebam a sua utilidade,
respeitando, o seu ritmo de trabalho e as restrições sensoriais próprias do
envelhecimento.
Description
Keywords
Pedagogical Context
Citation
Rodrigues, C. & Morgado, L. (2018). Impacto da formação na apropriação de dispositivos móveis táteis por seniores: estudo exploratório. Res Net Health 4, ppie6: 1-2.
Publisher
Instituto Politécnico de Leiria