Vieira, Ricardo Manuel das NevesMartins, Pedro André Jesus2020-02-072020-02-072019-12-02http://hdl.handle.net/10400.8/4649A presente investigação debruça-se sobre jovens e a construção de projetos de vida. Procura-se saber se os jovens que se encontram em fase de conclusão do ensino obrigatório mostram consciência e maturidade relativamente ao seu futuro e às escolhas que tomam, e se tal resulta de um projeto autoconstruído e hétero-construído, na interação com os seus pares, adultos, familiares e professores, ou se o projeto de vida é fundamentalmente instituído pelos outros, designadamente através de sugestões do sistema escolar, e também familiar, com base em expectativas pré-definidas. O objetivo fundamental é, assim, compreender o processo de construção do projeto de vida dos jovens que se encontram a terminar o ensino obrigatório. Ao nível dos sujeitos a estudar, seguindo a questão base apresentada na introdução, definimos um grupo de seis jovens, provenientes tanto do ensino regular como do profissional, com um intervalo de idades entre os 17 e os 18 anos, em fase de término do ensino obrigatório, com quem realizámos diversas entrevistas informais e, particularmente, entrevistas em grupo, vulgo focus-group. A investigação mostra que a escola, e o seu currículo de ensino regular, é apontada pelos jovens como um sistema de uniformização na formação dos seus alunos. Quanto aos professores, estes são vistos como atores limitados pelo tipo de ensino, apresentando-se, na voz dos sujeitos investigados, com falta de interesse sobre o futuro dos seus alunos e respetivas escolhas. Finalmente, esta dissertação aponta a mediação intercultural como uma ferramenta fundamental para o trabalho social com jovens, na ótica da transformação identitária e da capacitação na tomada de escolhas. Denotámos que os contributos dados pelos jovens ao longo da investigação dão-nos acesso a um olhar sobre a escola, mas também sobre elementos constituintes da sua vida, como a família e o mercado de trabalho, o que constitui um quadro de uma problemática bastante complexa que se apresenta como inesgotável no estudo do campo da juventude nos dias de hoje. Acreditamos que a posição de escuta-ativa e emancipadora na revelação dos jovens como atores principais das suas decisões é fundamental nesta filosofia transformadora no trabalho da educação social. Para mais, num mundo em constante mudança que se apresenta cada vez mais inconstante no traçar de projetos de vida.porMediação InterculturalJovemEmancipação juvenilIdentidade pessoalJovens e a construção de projetos de vidamaster thesis202434982