Mendes, Susana Luísa da Custódia MachadoSilva, Maria Manuel Gil de Figueiredo Leitão eBernardo, Lúcia Sofia Correia2017-06-192017-06-192017-05-15http://hdl.handle.net/10400.8/2608Atualmente, em Portugal, cerca de metade do pescado disponível para o consumo humano provém da aquacultura. Esta atividade representa uma alternativa de fornecimento de pescado, não só pela preservação ambiental e de espécies selvagens em extinção, mas pela possibilidade de produção de espécies a valores economicamente mais acessíveis no mercado. Apesar, contudo, da ainda baixa procura de peixe proveniente desta prática. Neste sentido, urge compreender o comportamento do consumidor para que se possa determinar quais os valores ou critérios na sua tomada de decisão de compra. No caso especifico do setor do pescado proveniente de aquacultura, é importante o conhecimento dos fatores que mais são valorizados no ato da compra e no consumo, assim como identificar os padrões de aceitabilidade associados a esta técnica de produção de pescado por parte do consumidor. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a perceção dos consumidores, na zona Oeste de Portugal, face ao pescado de aquacultura, através da aplicação de um inquérito por questionário. Com este trabalho pretendeu-se igualmente contribuir para uma compreensão: i) dos hábitos de consumo e do comportamento de compra dos consumidores; ii) das preocupações com a origem e confeção deste tipo de alimentos; iii) das preocupações com a saúde humana. Este conhecimento pode contribuir para o desenvolvimento e inovação do sector aquícola em Portugal. Procedeu-se à realização de um inquérito de autopreenchimento aplicado a uma amostra de 385 consumidores, na cidade de Peniche e na vila da Lourinhã, residente principalmente na área de Lisboa e Vale do Tejo, maioritariamente do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 29 e os 48 anos, possuindo escolaridade igual ou superior ao 12º ano. Os resultados permitiram constatar que a perceção do consumidor face ao pescado de aquacultura é influenciada pelas caraterísticas sociodemográficas dos inquiridos (nomeadamente, idade, atividade profissional, rendimento mensal líquido e região onde habita). Estas características assumem um papel determinante nos hábitos de consumo/compra semanal deste pescado, comparativamente ao de origem selvagem. Também, foi possível verificar que o padrão de consumo médio semanal de pescado de aquacultura é impulsionado por diversos fatores determinantes, tais como: a crescente preocupação com a saúde, o local e forma de aquisição deste tipo de pescado, o modo de confeção preferencial e o tipo de peixe mais consumido. No geral, apesar dos portugueses serem grandes consumidores de pescado, concluíu-se que existe, ainda, alguma relutância face ao consumo de pescado de aquacultura, pois continuam a preferir e a considerar o pescado selvagem como o mais saudável. Com o objetivo de incentivar e influenciar um maior consumo do pescado de aquacultura, a nível nacional, será importante apostar mais na promoção de campanhas de informação e divulgação da qualidade deste pescado, colmatando o desconhecimento generalizado sobre o seu conteúdo nutricional, e contribuir positivamente para a valorização das espécies de aquacultura como uma alternativa alimentar segura ao pescado selvagem.porAquaculturaconsumo de pescadopescadohábitos alimentaresperceção do consumidorA perceção do consumidor face ao pescado de aquaculturamaster thesis201706431