Fradique, Teresa2019-07-172019-07-172014978-989-8448-26-2http://hdl.handle.net/10400.8/3995Por razões que até certo ponto ultrapassam o meu livre arbítrio, o meu trabalho etnográfico tem estado ligado a fenómenos eminentemente performativos. Primeiro o fado (Fradique 1994) - o menos escolhido e talvez um dos mais surpreendentes de todos os terrenos -, estava ainda a acabar a licenciatura. Depois, a música rap e as suas práticas num Portugal a gerir um discurso público no contexto da sua “pós-colonialidade” (Fradique 2003). Por último o teatro, um terreno ainda não fechado e onde procuro reconciliar-me com uma dimensão até aqui indirectamente evitada: a do performer enquanto agente da cena e o palco como espaço de observação. De certo modo há anos que me tentava libertar desta espécie de timidez em avançar para esse lugar extremo. Extremo não só na sua exposição mas, sobretudo, na sua autonomia e na sua capacidade de subversão. É por isso que partilho do sonho de Turner e, mais do que nunca, busco uma antropologia liberta de qualquer coisa que é mais difícil de definir do que a sensação que provoca. Este texto assume-se assim como o resultado de um estado. Um estado de busca em aberto. Como uma pequena ferida.por“For years, I have dreamed of a liberated Anthropology”book part