Carvalho, Henrique AmadoNobre, Fábio ChavesOliveira, Fabiene Lima de2024-12-062024-12-062024-11-21http://hdl.handle.net/10400.8/10288As Pequenas e Médias Empresas (PME) desempenham um papel importante nas economias de Portugal e Brasil, contribuindo significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) de ambos os países. No Brasil, de acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), as pequenas e médias empresas representam 99% dos negócios brasileiros, além de deter 27% do PIB do país e responderem por mais de 62% dos empregos formais no país. Em Portugal, as PME têm uma presença ainda mais significativa no PIB. De acordo com dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) e da Comissão Europeia, as PME contribuem com cerca de 60% a 65% do PIB português, representam cerca de 99,9% das empresas no país e são responsáveis por mais de 75% dos empregos no setor privado. O mundo moderno globalizado, as novas tecnologias e a conectividade avançada trazem às PME uma ampla gama de oportunidades, mas também ameaças. Sabemos que as pequenas e médias empresas, apesar de desempenharem um papel importante, são pouco estudadas com relação às suas práticas orçamentais e, em particular, sobre as perceções dos responsáveis pelos orçamentos e controlos orçamentais. A maioria das investigações concentra-se nas grandes empresas, porém com base em uma amostra de 101 empresas de Portugal e Brasil, procuramos esclarecer algumas questões sobre as práticas do controlo orçamental utilizadas pelas PME portuguesas e brasileiras no que respeita se há diferenças na utilização dessas práticas, bem como se há diferenças nas perceções dos administradores dessas empresas. Esta investigação estudou e comparou os fatores que influenciam o controlo orçamental das PME e analisou algumas funções do orçamento como planeamento orçamental, alocação de recursos, avaliação de desempenho e instrumentos de diálogo. A primeira etapa compreendeu uma ampla revisão da literatura, envolvendo a componente teórica e os estudos empíricos, analisando o orçamento, que historicamente têm desempenhado um papel fundamental no controlo de gestão, porém se tornaram objeto de críticas e debates consideráveis e também visando entender melhor a conjuntura das PME na utilização das práticas do controlo orçamental. Numa segunda etapa, foi delineada uma recolha de dados, através da aplicação de um questionário enviado aos responsáveis das PME localizadas em Portugal e Brasil. Na etapa de análise e interpretação dos resultados, por meio de uma abordagem quantitativa e análise descritiva explicativa foi possível concluir os objetivos propostos. Assim, houve rejeição de quatro das seis hipóteses pré-estabelecidas. Dessa maneira, duas hipóteses foram confirmadas, ou seja, tanto quanto os resultados apurados no inquérito realizado permitem concluir, existem diferenças significativas em relação ao grau de importância atribuído ao processo de controlo orçamental e nas perceções dos gestores sobre o tema do planeamento orçamental. Futuramente outros trabalhos devem examinar mais empresas e um tamanho maior de amostragem para obter mais informações. Neste trabalho, apresentamos os resultados de uma investigação com empresas portuguesas e brasileiras de pequena e média dimensão para 1) atualizar a literatura sobre a utilização do orçamento e das práticas do controlo orçamental das pequenas e médias empresas nos dois países, 2) recolher evidências empíricas para avaliar a utilização das práticas do controlo orçamental em empresas de pequena e média dimensão e 3) começar a identificar tendências nas perceções dos responsáveis pelas PME para informar futuras investigações académicas.porOrçamento empresarialPlaneamentoPráticas do controlo orçamentalpequenas e médias empresasAvaliação de desempenhoPráticas de Controlo Orçamental: Estudo comparativo entre PME portuguesas e brasileirasmaster thesis203748549