Baraona, IsabelPoeiras, Fernando2022-07-282022-07-282022-07Baraona, I. (2022). O trabalho: experimentação, experiência e investigação. Cadernos PAR, 8, 36–42.http://hdl.handle.net/10400.8/7436O termo “trabalho” pode significar “ofício” e também “obra”. Se “ofício” requer uma longa aprendizagem e a aquisição de conhecimento técnico, “obra” exige empenho, rigor intelectual e tempo (sedimentação). A minha experiência do que é o trabalho de um artista implica (auto)disciplina e persistência. Assim, para mim, independentemente do(s) processo(s) idiossincráticos presentes na elaboração dos objectos (sejam pinturas, desenhos, esculturas, livros de artista, vídeo, entre outros), o trabalho do artista é uma prática diária da curiosidade, o desenvolvimento da capacidade de análise e de um tipo de questionamento que consolida o autoconhecimento, exige fazer e repetir como meio de compreensão e aprendizagem. Nesse sentido, implica estudar, investigar e experimentar técnicas e materiais, ler (inclusive jornais), ver cinema, ver exposições de outros artistas; ou seja, estar atento ao mundo, aos outros e a si mesmo. É um labor a longo prazo, exige brio, perseverança e concentração, assim como, repetir experiências para controlar gestos e educar o olhar. Como sabemos, para além da dedicação ao que se faz no atelier, o trabalho do artista é multifunções: inclui tarefas de secretário (tratar da correspondência, das burocracias inerentes às candidaturas a bolsas ou residências), divulgar o que se faz (promover esse mesmo trabalho), etc.porCapacidade de análiseEstudarInvestigarExperimentarO trabalho: experimentação, experiência e investigaçãojournal articlehttps://doi.org/10.25766/twab-vf42