Mendes, Susana Luísa da Custódia MachadoSilva, Maria Manuel Gil de Figueiredo Leitão eBarroso, Sónia DuartePiló, Maria Margarida Álvares Cabral Raposo Cabral2022-03-242022-03-242022-01-18http://hdl.handle.net/10400.8/6828Esta dissertação foi desenvolvida no âmbito do projeto financiado “INOVAÇÃO COM TRADIÇÃO para um consumo sustentável” (MAR-04.03.01-FEAMP-0173, Programa Operacional Mar 2020, Operação P04M03).O consumo excessivo de sal pela população portuguesa é um dos maiores problemas de saúde pública e que contribui para o desenvolvimento de uma série de doenças não transmissíveis (como a hipertensão ou doenças cardiovasculares). Para combater este grave problema, torna-se necessário criar soluções, como o desenvolvimento de novos produtos sem sal adicionado, por forma a garantir uma alimentação mais saudável e regrada. O presente estudo teve como principal objetivo avaliar a perceção do consumidor da zona Oeste de Portugal face ao consumo de produtos inovadores e com substituição do sal, por via da integração de ingredientes marinhos, nos produtos alimentares. Por outro lado, pretendeu-se conhecer o padrão de oportunidade deste tipo de produtos no mercado atual e a perceção dos responsáveis da restauração face ao potencial alimentar das algas e dos moluscos bivalves. Para alcançar o objetivo foi aplicado um inquérito por questionário a uma amostra de 478 indivíduos, residentes na região Oeste. Os resultados obtidos indicaram que 52,3% (n=250) da amostra afirma consumir alimentos inovadores. Os indivíduos que não têm o hábito de consumir esses alimentos, não o fazem maioritariamente por não apreciarem e/ou pela falta de conhecimento. A maioria dos inquiridos (63,2%; n=302) admite ter preocupação com a quantidade de sal que consome diariamente, assim como que estariam dispostos a comprar um produto inovador com substituição do sal e com a incorporação de algas marinhas ou moluscos bivalves. No entanto, os alimentos que contêm algas na sua composição foram percecionados negativamente pelos consumidores. Por outro lado, indivíduos com um nível de escolaridade mais baixo demonstraram dificuldades em classificar os alimentos “tradicionais”, evidenciando alguma confusão com o que é bom/saboroso e internacionalmente conhecido. Em oposição, indivíduos com um nível de escolaridade mais elevado têm maior conhecimento e acesso a alimentos inovadores. Por fim, foi realizada uma entrevista com responsáveis da restauração da Nazaré e Peniche, da qual se concluiu que há uma preocupação com a quantidade de sal com que confecionam as refeições nos seus estabelecimentos. Por outro lado, indicaram que os seus clientes procuram cada vez mais opções saudáveis, vegetarianas e/ou alternativas ao tradicional. Assim, constatou-se que os consumidores estão mais despertos para a inovação alimentar. No entanto, no geral os entrevistados não tinham conhecimento da existência de produtos sem sal adicionado, com a integração de algas marinhas ou moluscos bivalves, mas demonstraram que esses produtos (principalmente o PÃO D’ALGAS® e o PÃO DO MAR®) poderiam ser facilmente incorporadas nas suas ementas.porPãoInovação alimentarSalAlgas marinhasMoluscos bivalvesA perceção do consumidor da zona Oeste de Portugal face ao consumo de produtos inovadores e com substituição do sal, por via da integração de ingredientes naturais nos produtos alimentaresmaster thesis202975738