Coelho, P.Dias, J.Alvarenga, N.Duarte, R.Saraiva, J.2020-01-172020-01-172017-12-30Coelho, P., Dias, J., Alvarenga, N., Duarte, R. & Saraiva, J. (2017). Aplicação da alta pressão na conservação de bombons. Res Net Health 3, spta23.2183-6841http://hdl.handle.net/10400.8/4468A conservação de bombons artesanais apresenta algumas dificuldades devido ao facto de serem usadas matérias-primas perecíveis, alterações físicas durante o processamento e também devido a fatores externos que tendem a reduzir o tempo de prateleira. Os fatores mais importantes que contribuem para o tempo de prateleira incluem propriedades físicas (ex. secagem, sugar bloom ou fat bloom), estabilidade microbiológica e propriedades químicas (ex. oxidação de ácidos gordos, hidrólise de ácidos gordos ou saponificação). Neste contexto, a aplicação da alta pressão poderia ser uma alternativa à pasteurização convencional, uma vez que não implica a utilização de altas temperaturas. O objetivo do presente trabalho presente trabalho foi a avaliação do tempo de vida útil de bombons submetidos ao tratamento de alta pressão, utilizando como termo de comparação um ensaio controlo, onde os bombons foram apenas mantidos a 20ºC e um ensaio em que as amostras foram conservadas a 4ºC. Para tal foi necessário a monitorização das propriedades físico-químicas, microbiológicas e estruturais dos bombons e a otimização das variáveis envolvidas no processo de produção e conservação: I) seleção do tipo de tratamento (alta pressão, refrigeração ou testemunho); II) seleção dos ciclos de tratamento (400 MPa/2minutos ou 500 MPa/1minuto); III) temperatura de conservação (20 ºC, ou 4 ºC); IV) tempo de conservação (dos 0 aos 180dias). As metodologias seguidas incluíram a produção de bombons, com recheio constituído por natas e chocolate branco e cobertura de chocolate negro, seguida da avaliação físico-química (humidade, Aw, pH, cor), microbiológica (mesófilos aeróbios totais, bolores e leveduras) e de reologia. Os resultados mais positivos observaram-se no ensaio mantido a 4ºC. Comparativamente, no tratamento de alta pressão, o ensaio a 400 MPa foi o mais negativo relativamente à humidade e o ensaio a 500 MPa o menos eficaz ao nível do Aw, pH, cor e modulo de armazenamento (G’). Contudo, nas análises microbiológicas, este ultimo foi mais eficiente que o anterior (400 MPa) e que o testemunho (preservado a 20ºC).porAplicação da alta pressão na conservação de bombonsconference object