Silva, Rodrigo Eduardo Rebelo daPereira, Catarina Maria Lusitano Leal da CâmaraNeves, Maria Francisca Cunha das2024-02-162024-02-162024-01-22http://hdl.handle.net/10400.8/9440Caminhar por entre matos e florestas levou-me à criação artística. Aprendi a ver caminhos onde estes não existem, desde o percurso traçado pelas pisadas das pessoas, à complexidade das estruturas vivas, ao dinamismo secreto da composição, à magnificência das formas, à gama infinita de cores da vida vegetal. Esta investigação surgiu de um desejo de compreender melhor o caminho que percorri e os que poderei percorrer e que emergem do percurso feito. Esse impulso, do qual se desencadeou uma prática artística em relação direta com essa experiência, foi gerador de construções materiais e de uma poética do fazer, que se equilibra instavelmente na atenção ao erro e ao detalhe irrepetível dos materiais, restos que sobram e que tomamos como desperdício e despojos destrutíveis. A esses restos que restam lançámos um olhar e uma interrogação compassiva: como dar uma nova vida ao que foi rejeitado? Como insuflar nesses excedentes uma poética precária das sobras e desperdícios dos materiais? A procura de uma nova composição e de um novo equilíbrio tornou-se o mote na construção de cada peça. O texto que se segue é meramente um ensaio: uma tentativa tateante, em diálogo com alguns autores que olham atentamente (o que designamos como) a natureza e que nos ensinam a olhar a vida viva, que ensinam a caminhar e escutar os caminhos. O que se segue é uma procura, em diálogo com o pensamento de alguns autores que escreveram sobre o caminhar e sobre a vida vegetal. Como se essa busca e esse caminhar pudessem ser um modo de voltar a ir às fontes do gesto artístico. Observar a natureza, olhar para as plantas como forma e como poética e aí encontrar a velha questão da relação da arte com a natureza, caminhando pelos caminhos.porCaminharVida vegetalErroEquilíbrioNaturezaDesperdícioRespigar - Caminhos por entre a Vida Vegetalmaster thesis203532171