Ribeiro, Jaime Emanuel MoreiraReis, Helena Isabel da SilvaRocha, Micaela Rodrigues2021-06-242021-06-242021-04-16http://hdl.handle.net/10400.8/5853De acordo com a APA (2013), uma pessoa com Perturbação do Espetro do Autismo apresenta padrões de comportamento, interesses ou atividades restritas e repetitivas e défices persistentes na comunicação e na interação social, impactando com relevância clínica em todos os contextos de vida da pessoa com PEA. Todas as pessoas com PEA apresentam dificuldades na comunicação e interação, em diferentes intensidades, durante todo o seu percurso de vida, ou seja, independentemente da sua faixa etária. Para além disso, apresentam uma necessidade muito intensa de manter comportamentos estruturados, pelo que a manutenção de uma rotina diária é algo imprescindível para estas pessoas. A transição para a vida adulta baseia-se em aspetos chave como o acesso ao ensino superior, a entrada no mercado de trabalho, acesso a cuidados de saúde, ligações sociais e vida independente. São exigidos diversos resultados sociais, tais como o primeiro emprego, uma vida independente, a participação social e o estabelecimento de novas relações. Desta forma, a transição para a vida adulta é marcada por inúmeros desafios, rotinas menos estruturadas e imprevistos que os jovens com PEA se veem obrigados a lidar diariamente. Assim, esta dissertação pretende compreender em que medida a transição para a vida adulta pode ser um processo complexo para jovens com PEA. Esta transição para a vida adulta não pode ser encarada como uma responsabilidade única dos jovens, mas sim, uma responsabilidade comum a diversas entidades sociais. Sendo assim, o apoio social especializado é crucial para estes jovens, na medida em que os orienta na integração e no desenvolvimento das suas competências de interação social. Contudo, estes serviços são ainda muito reduzidos, deixando os jovens com apoio insuficiente e desadequado. Os dados recolhidos neste estudo, de caráter exploratório-descritivo, resultaram de um inquérito qualitativo, por entrevista, realizado a quatro jovens com PEA. A partir dos resultados do estudo observou- iv se que o processo de transição para a vida adulta destes jovens com PEA é complexo. Estes jovens, vivenciam inúmeros desafios e sentimentos de ansiedade, insegurança e incompreensão. Os resultados da investigação reforçam, ainda, a importância do apoio social durante esta fase de transição para a vida adulta, bem como a necessidade de consciencializar a sociedade para a PEA de modo a promover a inclusão social destes jovens.porAutismoPerturbação do Espectro do AutismoComunicaçãoComunicação AcessívelInclusão socialMundo azul transição para a vida adulta de jovens com autismomaster thesis202734668