Caeiro, Mário Jorge da Câmara de MeloRomana, Ana João das Neves Pereira FernandesCosta, Joana Teresa Maia Dos Santos2023-03-132023-03-132023-02-17http://hdl.handle.net/10400.8/8212Na presente investigação consideramos a temática do vazio, num contexto onde é, tradicionalmente, visto como um estado simplista de inexistência (Ribeiro1, 2017). Com o objetivo de atingir a valorização do vazio enquanto comunicação visual e a sua importância, operativa e poética, refletindo sobre esse vazio enquanto experiência individual na iminência de uma preparação de uma coleção editorial. O estudo da importância do vazio visível, na comunicação visual, desenvolveu-se com um projeto prático direcionado às crianças nos primeiros anos de vida (entre os 0 e os ± 3 anos de idade), sendo a altura em que o ser humano atravessa um período específico relacional e cognitivo e neste seguimento fazemos uma reflexão sobre os processos em que a criança investe, gradualmente, na autonomia através da exploração do ambiente. - De que forma pode, o Design Gráfico, contribuir no conceito de vazio visível, para o desenvolvimento da sensibilidade estética e do pensamento crítico de uma criança? A intenção foi compreender a interação e perceção que a criança tem com um objeto, quanto ao seu tempo de reação. Isto implica avaliar-se e valorizar-se o vazio, em particular, através das formas geométricas em articulação com a intuição. Apresento assim, por ordem cronológica, autores, que estão em vigor, na análise deste tema, por influenciarem ou validarem as decisões concretizadas na criação do projeto prático, nomeadamente: Munari na forma como encara a pedagogia no âmbito das crianças, Komagata quanto à pedagogia e forma de procurar novos caminhos de comunicação, John Maeda subtraindo o óbvio e adicionando o significativo; Olafur Eliason relativamente a um estilo de pensamento e análise; Yves Klein no conceito inspiracional de ver o vazio; Michiko Okano na ideia de estarmos com o vazio; Paul Rand pela alternativa da simplicidade complementando com forma e conceito; Movimento Gestalt como forma de comunicar uma mensagem através de códigos visuais; Cas Holman que não projeta as brincadeiras, mas sim as circunstâncias para a brincadeira; Christoph Niemann com o seu método criativo de ver e ilustrar; Humberto Maturana e Francisco Varela com o conceito de autocriação. Uma possibilidade de lidar com a imaginação e a intuição, absorvendo a mensagem inerente a valores pedagógicos. O foco foi explorar a criação de três objetos editoriais gráficos para crianças visando o prazer da fruição2, em que o estímulo da intuição pela presença do vazio estimula a experimentação conectada com a criatividade/criação. A preocupação preliminar foi adaptar uma teorização do vazio ao estimular de um contacto do público-alvo com a clareza da forma e a imagem das coisas, concentrando-se a ação prática ao design gráfico e direção de arte.porComunicação VisualCriançasDireção de ArteFormaIntuiçãoVazioVisívelVazio Visível. Uma coleção / proposta editorial para a primeira infância - Análise criativa pela prática livre do Design Gráficomaster thesis203247620