Santos, Maria João Sousa Pinto dosBarreto, Maria Antónia Belchior FerreiraAmaral, Vera Lúcia Silvestre Videira do2018-07-302018-07-302018-06-15http://hdl.handle.net/10400.8/3393O presente trabalho de cariz qualitativo e quantitativo pretende abordar as relações em contexto escolar público regular, que contribuem para o desenvolvimento escolar e social do aluno surdo pré-linguístico, cuja primeira língua é a Língua Gestual Portuguesa natural e de aquisição espontânea. A escolha desta temática resulta da minha prática enquanto profissional da educação e assomou-se como consequência de experiência profissional significativa com alunos surdos, a qual se mantém há vários anos letivos na mesma Escola Secundária no âmbito dos cursos profissionais para alunos surdos e ouvintes. Assim, este estudo tem como ponto de partida a motivação que se prende com experiências educativas, relacionais e comunicacionais vividas com jovens com surdez pré linguística, com uma cultura particular, própria e específica e o conhecimento deste como um espaço para a investigação sobre as questões da educação de pessoas surdas. A presente dissertação tem como objeto de estudo as perceções que detêm os atores escolares no processo de ensino/aprendizagem e o impacto que elas detêm no processo relacional, bem como as funções que lhes competem exercer, as estratégias que empregam para melhorar o trabalho e, em contraponto, as exigências de adequação requeridas pela presença do aluno surdo numa escola comum, nomeadamente no domínio da Língua Gestual Portuguesa, fazendo parte da sua comunidade geral. Do ponto de vista metodológico, a investigação foi desenvolvida através de inquéritos por questionário, dirigidos a três grupos: alunos surdos, professores e intérpretes, com o objetivo de identificar pontos de referência entre estes três interlocutores, inferindo as perceções dos mesmos sobre o objeto em estudo. Os resultados constituíram uma oportunidade de reflexão sobre as práticas metodológicas, de comunicação e de relação do aluno surdo em contexto escolar e os restantes intervenientes no processo educativo, identificando os requisitos para uma educação melhorada deste grupo, nomeadamente através do efetivo desenvolvimento de uma escola bilingue e bicultural, assim como, ponderar que a sua inexistência se revela uma dificuldade comunicacional com os seus educadores e os seus pares, alterando os processos relacionais e de identificação. Assim, dos resultados obtidos, é possível inferir que o modelo conceptual que adotamos sobre o desenvolvimento de práticas inclusivas obrigam à educação bilingue como prática constante, à presença do Intérprete de LGP e à sua intervenção não enquanto espetadores, mas atores educativos e às práticas metodológicas, vi que devem ser diferenciadas, não alterando as expectativas desenvolvimentais do aluno surdo. A escola de referência para surdos tem de ser uma escola bilingue e bicultural, as práticas educativas tem que ser diferenciadas respeitando as características dos alunos surdos, desenvolvendo a comunicação entre o surdo e o ouvinte.porrelaçãolinguagemcomunicaçãoaluno surdoO aluno surdo em contexto escolar : comunicação e relaçãomaster thesis201957280